Com esses dados, o México acumulou 206.724 casos nos últimos seis anos, a maioria deles durante o governo de López Obrador, que assumiu o cargo em 1º de dezembro de 2018 e deixou o cargo em 1º de outubro, quando Claudia Sheinbaum o sucedeu.

Cidade do México, 1º de agosto (EFE) – A taxa de homicídios no México subiu para 25,6 por 100.000 habitantes em 2024, quebrando uma sequência de três anos de quedas consecutivas, incluindo os últimos nove meses do mandato de Andrés Manuel López Obrador (2018-2024), informou o Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI) na sexta-feira.

O índice do ano passado foi superior aos 24 registrados em 2023, segundo dados atualizados do órgão autônomo, mas inferior aos 26 de 2022, aos 28 de 2021 e aos 29 de 2018, 2019 e 2020, seu maior nível da história, registrado durante a primeira parte do governo de López Obrador.

Além disso, a agência relatou um aumento anual de 6,7% no número absoluto de assassinatos em 2024, quando relatou 33.241 em comparação com 31.062 em 2023.

Os números, no entanto, são inferiores aos 33.287 homicídios de 2022, aos 35.700 de 2021, aos 36.773 de 2020, aos 36.661 de 2019 e aos 36.685 de 2018, os três anos com mais homicídios na história do México.

Com esses dados, o México acumulou 206.724 casos nos últimos seis anos, a maioria deles durante o governo de López Obrador, que assumiu o cargo em 1º de dezembro de 2018 e deixou o cargo em 1º de outubro, quando Claudia Sheinbaum o sucedeu.

Enquanto os dados do governo vêm dos arquivos de investigação dos promotores, as estatísticas do INEGI, uma agência autônoma, vêm dos registros administrativos de óbitos dos estados, incluindo 321 cartórios de registro civil, 105 serviços médicos forenses e 236 agências do Ministério Público.

Assassinatos por gênero e por região

Por gênero, houve 46 homicídios por 100.000 homens, um aumento em relação a 2023, quando a taxa era de 44,8. Já entre as mulheres, houve 5,6 assassinatos por 100.000, a mesma taxa de 2023.

Os estados com as maiores taxas de homicídios por 100.000 pessoas foram Colima (123), Morelos (77), Baja California (65), Guanajuato (63) e Chihuahua (60).

Em contrapartida, as entidades com menores índices foram Yucatán (3), Coahuila (4), Durango (6), Puebla (9), Veracruz (10) e Cidade do México (10).

Em números absolutos, os estados com mais assassinatos foram Guanajuato (4.015), Estado do México (3.277), Baixa Califórnia (2.450), Chihuahua (2.305) e Jalisco (1.749).

E aqueles com menor número de homicídios foram Yucatán (65), Baja California Sur (85), Campeche (108), Durango (110) e Coahuila (120).

Sete em cada 10 homicídios, 71,8%, ocorrem com armas de fogo, seguidos por armas brancas ou objetos cortantes (9,3%).

O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador prometeu terminar seu mandato em 2024 com uma redução de 20% nos homicídios registrados a cada ano, em comparação a 2018.

Entretanto, até 1º de outubro de 2024, quando seu mandato terminou, um total de 199.619 pessoas foram assassinadas, uma média de 94 por dia, o maior número na história recente do país.