“É um programa que ajuda a ensinar valores, ajuda a ensinar questões de saúde pública, ajuda a evitar que as crianças morram de disenteria e outras doenças”, disse o senador democrata Chris Coons ao justificar uma destinação de US$ 20 milhões da USAID para financiar um programa da Vila Sésamo no Iraque.

A lista de absurdos da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) parece não ter limites. Além de US$ 1,5 milhão para programas de “diversidade” na Sérvia e US$ 47.000 para uma “ópera transgênero” na Colômbia, US$ 20 milhões foram gastos no financiamento de um programa da popular série infantil Vila Sésamo no Iraque. E como se a indignação com os gastos desnecessários não fosse suficiente, a defesa pública de um senador democrata dos gastos desnecessários gerou ainda mais indignação nas últimas horas.

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“Não se trata apenas de financiar um programa infantil para milhões de crianças em países como o Iraque, trata-se de um programa que ajuda a ensinar valores, ajuda a ensinar questões de saúde pública, ajuda a evitar que crianças morram de disenteria e outras doenças e ajuda a promover valores como colaboração, paz e cooperação em uma sociedade em que a alternativa é o ISIS, o extremismo e o terrorismo”, respondeu o senador democrata de Delaware, Chris Coons, em entrevista à CNN, diante da reação notavelmente perplexa do entrevistador.

Para o legislador, os 20 milhões de dólares alocados pela USAID para financiar um programa da Vila Sésamo no Iraque representam “uma ninharia”, considerando que “o Departamento de Defesa dos EUA tem um orçamento anual de aproximadamente 850 bilhões de dólares e a USAID estava gastando cerca de 30 bilhões de dólares”, o que Coons considera apenas “uma pequena parte” do total de gastos federais.

A USAID procurou promover a “inclusão” com a Vila Sésamo

O gasto sob análise é de US$ 20 milhões concedidos à “Sesame Workshop, com subconcessionários Mercy Corps e Save the Children” para “produzir Ahlan Simsim Iraq”, uma versão iraquiana da Vila Sésamo, que foi projetada para “promover a inclusão, o respeito mútuo e a compreensão entre grupos étnicos, religiosos e sectários”, de acordo com os registros da USAID.

Na semana passada, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, revelou a primeira lista de gastos incomuns da USAID, incluindo US$ 1,5 milhão para programas de “diversidade” em empresas na Sérvia, outros US$ 700 mil para um musical na Irlanda, 47.000 para uma “ópera trans” na Colômbia, 32.000 para uma “história em quadrinhos trans” no Peru, 4,5 milhões para “combater a desinformação” no Cazaquistão, 2 milhões para cirurgias de mudança de sexo na Guatemala e os já mencionados US$ 20 milhões para a Vila Sésamo no Iraque.