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Secretário de Guerra dos EUA convoca generais para reunião urgente

“As pessoas estão muito preocupadas. Elas não têm ideia do que isso significa”, disse uma fonte militar ao Washington Post, que publicou a informação com exclusividade na quinta-feira, o que está gerando especulações em meio às tensões com a Venezuela.

O secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, convocou uma reunião incomum com centenas de generais e almirantes espalhados pelo mundo no início da próxima semana, sem nenhuma razão imediata para a ordem, informou o The Washington Post na quinta-feira.

A diretiva, emitida no início desta semana, teria causado confusão entre altos oficiais militares dos EUA, segundo o Post, citando mais de uma dúzia de pessoas familiarizadas com o anúncio. “As pessoas estão muito preocupadas. Elas não têm ideia do que isso significa”, disse uma fonte.

O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, confirmou em um comunicado na quinta-feira que Hegseth se dirigirá à liderança militar no início da semana que vem, sem fornecer mais detalhes.

A reunião convocada pelo Secretário de Guerra será realizada em uma base da Marinha em Quantico, Virgínia, na próxima terça-feira, dias antes de o governo federal enfrentar uma possível paralisação parcial em 1º de outubro se os legisladores democratas e republicanos não chegarem a um acordo sobre um orçamento provisório.

Esta reunião também coincide com uma escalada de tensões entre a Venezuela e os Estados Unidos, que acusam a ditadura de Nicolás Maduro de liderar uma operação de tráfico de drogas em seu território e já bombardearam quatro barcos de drogas em águas caribenhas, três deles venezuelanos, segundo o próprio presidente Donald Trump. Até mesmo o Secretário do Departamento de Guerra, Pete Hegseth, liderou um treinamento em Porto Rico há algumas semanas como parte dessa operação.

A convocação altamente incomum e não anunciada de Hegseth se aplica a todos os oficiais superiores com patente de general de brigada ou superior, ou equivalente na Marinha, bem como seus principais conselheiros, disseram as fontes ao The Washington Post.

Isso incluiria líderes proeminentes em zonas de conflito e outras áreas de interesse, como Oriente Médio, Ásia-Pacífico e Europa, mas não inclui oficiais militares de alta patente que ocupam cargos de estado-maior, especifica o relatório.

Atualmente, os EUA têm cerca de 800 generais e almirantes estacionados no país e em dezenas de outras nações.

Esta reunião ocorrerá após mudanças recentes no Pentágono, que mudou seu nome oficial de Departamento de Defesa para Departamento de Assuntos de Guerra durante o governo do presidente Donald Trump.

Hegseth também revelou planos para consolidar a cúpula, incluindo um corte de 20% no número de oficiais e a demissão sem justa causa de vários líderes militares.

Na semana passada, o Pentágono anunciou que só permitirá o acesso de jornalistas às suas instalações se eles concordarem em não publicar determinadas informações, uma medida sem precedentes que dá ao Departamento amplo controle sobre o conteúdo divulgado.

Com informações da EFE

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