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Os EUA criticam a Organização dos Estados Americanos (OEA) por sua inépcia em lidar com o regime chavista: “Qual é o objetivo desta organização?”

Se não formos capazes de responder ou remediar uma situação em que um regime ignora descaradamente as normas internacionais e ameaça à integridade territorial de seu vizinho, então devemos nos perguntar: qual é o objetivo desta organização?”, disse o subsecretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, durante seu discurso na Assembleia Geral da OEA.

Saint John’s, 26 de junho (EFE).- O subsecretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, questionou nesta quinta-feira a própria razão de ser da Organização dos Estados Americanos (OEA), sugerindo que sua existência perde o sentido se for “incapaz” de abordar efetivamente a crise na Venezuela.

“Se não formos capazes de responder ou remediar uma situação em que um regime ignora descaradamente as normas internacionais e ameaça a integridade territorial de seu vizinho, então devemos nos perguntar: qual é o objetivo desta organização?”, disse ele durante seu discurso na Assembleia Geral da OEA em Antígua e Barbuda.

Landau explicou que o Departamento de Estado está revisando, sob a direção do presidente dos EUA, Donald Trump, a participação contínua dos Estados Unidos em organizações internacionais, incluindo a OEA.

“Para ser franco, não tenho certeza se consigo prever como essa revisão terminará”, advertiu Landau.

O “número dois” da diplomacia americana, que representa o secretário de Estado Marco Rubio na Assembleia, citou como exemplo a resposta da OEA à crise na Venezuela, onde Nicolás Maduro assumiu um novo mandato apesar das alegações de fraude da oposição e da comunidade internacional.

“Em resposta a essa fraude eleitoral flagrante, o que essa organização fez? Até onde sabemos, nada de substancial”, criticou Landau.

O subsecretário observou que a oposição venezuelana, cujo candidato era Edmundo González Urrutia, “não apenas venceu de forma esmagadora, mas também tinha evidências para provar isso”.

Ele lembrou que quase todos os países da região tiveram que acolher centenas de milhares de refugiados venezuelanos e enfatizou que “no mês passado, o regime venezuelano realizou outra farsa de eleições legislativas e regionais que careceram de transparência e imparcialidade”.

Landau também mencionou a crise no Haiti, um país que, segundo ele, estava “afundando no caos”, e perguntou novamente: “O que esta organização fez?”

Ele lembrou que uma missão de segurança liderada pelo Quênia foi enviada ao país no ano passado com o apoio da ONU, mas observou que “os Estados Unidos não podem continuar a suportar esse pesado fardo financeiro sozinhos”.

“Se a OEA não está disposta ou não consegue desempenhar um papel construtivo no Haiti, questionamos seriamente por que ela existe”, questionou.

Landau também pediu aos estados-membros que ratificassem a candidata dos EUA à adesão à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), a dissidente cubana Rosa María Payá, na sexta-feira.

“É hora de a OEA mostrar resultados, apoiar o povo da Venezuela e do Haiti, não apenas com palavras”, concluiu.

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