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Kast responde à advertência de Maduro: “Ele é um narcoditador”

“Ele é um ditador, um narcoditador, que hoje está passando por momentos difíceis devido à pressão exercida pelos Estados Unidos e, certamente, mais tarde, talvez por outros países, porque a exportação de drogas não é aceitável”, afirmou ele no aeroporto Arturo Merino Benítez, em Santiago, minutos antes de embarcar para a Argentina para se reunir com o presidente Javier Milei.

O presidente eleito do Chile, José Antonio Kast, chamou Nicolás Maduro de “narcoditador” nesta terça-feira, em resposta à sua advertência de que seu futuro governo evite se meter com os migrantes venezuelanos.

Kast, que venceu as eleições presidenciais com 58,1% dos votos, disse que Maduro “é um ditador” e que ele “não se importa” com suas palavras.

“Ele é um ditador, um narcoditador, que está passando por momentos difíceis hoje devido à pressão exercida pelos Estados Unidos e, certamente, mais tarde, talvez por outros países, porque a exportação de drogas não é aceitável”, destacou ele no aeroporto Arturo Merino Benítez, em Santiago, minutos antes de embarcar para a Argentina para se encontrar com o presidente Javier Milei.

A principal promessa de Kast é formar um “governo de emergência” para reprimir o crime e a imigração irregular e resolver a “pior crise das últimas décadas” em que o Chile está mergulhado. Entre outras medidas, ele propõe deportações em massa de migrantes, aumento da presença policial, fortificação da fronteira norte com cercas e valas, e criminalização da imigração irregular.

Durante sua campanha, ele manteve uma contagem regressiva dos dias restantes para que os aproximadamente 340.000 imigrantes irregulares que vivem no Chile deixassem o país voluntariamente antes de ele assumir o poder.

“Deixe em paz quem está em paz”, insistiu Maduro, que afirmou que os venezuelanos no Chile têm “direitos e a Constituição chilena deve garanti-los” e convidou seus compatriotas “com muito respeito” a retornarem ao país, anunciando um plano especial de apoio aos venezuelanos no Chile que desejarem retornar por meio do programa Vuelta a la Patria (Retorno à Pátria).

Após a retumbante vitória de Kast, o governo chileno também reagiu na segunda-feira às declarações do presidente colombiano Gustavo Petro, que alertou que na América “os ventos da morte estão chegando” e conclamou a “resistir com a espada de Bolívar erguida” nos países da antiga Grã-Colômbia, o Estado que existiu entre 1819 e 1831 e do qual faziam parte o que hoje são Colômbia, Venezuela, Equador e Panamá.

O governo de Gabriel Boric, que iniciou sua transição na segunda-feira, entregou uma carta de protesto ao embaixador colombiano no país sul-americano a respeito das declarações “inaceitáveis” de Petro.

(EFE)

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