Com a eliminação do subsídio, os preços dos combustíveis subiram de US$ 1,80 por galão (3,78 litros) para US$ 2,80 no último sábado. Ao mesmo tempo, o governo está oferecendo compensações e incentivos.

O presidente equatoriano, Daniel Noboa, declarou estado de emergência em sete províncias do país sul-americano devido a “graves distúrbios internos” após eliminar o subsídio ao diesel, o que levou caminhoneiros a bloquearem algumas das estradas mais importantes do país.

As províncias afetadas por esta medida são Carchi, Imbabura, Pichincha, Azuay, Bolívar, Cotopaxi e Santo Domingo de los Tsáchilas. Esta decisão permanecerá em vigor por 60 dias após sua promulgação.

Com a eliminação do subsídio, os preços dos combustíveis subiram de US$ 1,80 por galão (3,78 litros) para US$ 2,80 no último sábado. Ao mesmo tempo, o governo está oferecendo compensações e incentivos.

Segundo relatos da Infobae, houve protestos parciais em Pichincha, Carchi, Azuay e Imbabura, com outras manifestações no norte de Pichincha e nas estradas para Carchi, na fronteira com a Colômbia. Em relação a Cotopaxi, o Poder Executivo foi temporariamente transferido para lá, e o gabinete do vice-presidente foi temporariamente transferido para Imbabura.

A declaração ocorre em um momento de “paralisações que perturbaram a ordem pública, causando situações de violência manifesta que colocam em risco a segurança dos cidadãos e seus direitos à liberdade de movimento, trabalho e atividades econômicas”, afirma o decreto assinado por Noboa.

A medida busca “interromper a escalada das medidas de fato tomadas nas províncias de Carchi, Imbabura, Pichincha, Azuay, Bolívar, Cotopaxi e Santo Domingo, evitando assim maiores impactos sobre a população equatoriana”, afirma o decreto, em um momento em que bloqueios parciais de estradas permanecem em vigor em duas das 24 províncias do país.

A declaração se limita às províncias mencionadas “porque são onde se concentram a maioria dos atos violentos, interrupções no transporte e fechamentos de estradas”, afirma o texto.

“Esta situação exige uma intervenção excepcional das instituições estatais para salvaguardar a segurança e garantir os direitos dos cidadãos, a ordem pública e a paz social”, afirma o documento.

Nas províncias mencionadas, o direito à liberdade de reunião está suspenso, limitando-se as reuniões em espaços públicos 24 horas por dia, a fim de paralisar os serviços públicos e evitar violações dos direitos, liberdades e garantias dos demais cidadãos.

A medida não restringe o direito de manifestação “desde que pacífica e não afete os direitos, liberdades e garantias dos demais cidadãos”, esclarece o decreto.