Quase todos os produtos avaliados apresentaram alta em junho em relação a maio, com destaque para habitação (+0,9%), que foi afetada pelo aumento do imposto sobre água e esgoto.
São Paulo, 10 de julho (EFE).- A inflação no Brasil acelerou ligeiramente em junho para 5,35% na comparação anual, 0,03 ponto percentual acima de maio, impulsionada pelo aumento dos preços dos imóveis, informou o governo nesta quinta-feira.
Com esses novos dados, o índice de preços na maior economia da América Latina ficou abaixo do limite superior da meta do Banco Central do Brasil, de 4,5%, na comparação anual, por seis meses consecutivos.
O índice, por outro lado, desacelerou em junho em relação ao mês anterior, subindo 0,24%, 0,02 ponto a menos que a variação entre abril e maio, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
No entanto, o número ficou acima da média das projeções da maioria dos analistas.


Quase todos os produtos avaliados apresentaram alta em junho em relação a maio, com destaque para habitação (+0,9%), que foi afetada pelo aumento do imposto sobre água e esgoto.
Além disso, os preços do vestuário subiram (+0,7%) e, apesar da queda nos preços dos combustíveis, o mesmo aconteceu com os preços dos transportes (+0,2%).
Apenas o setor de alimentos e bebidas, que tem o maior peso no índice, registrou queda de 0,18% na comparação mensal, após nove altas consecutivas, a mais recente delas de 0,17% em maio.
Entre os alimentos cujos preços mais caíram estão os ovos (-6,5%), o arroz (-3,2%) e as frutas (-2,2%), enquanto o custo do tomate subiu (+3,2%).
Na tentativa de conter a alta dos preços, o Banco Central elevou a taxa básica de juros do país para 15% ao ano, a maior desde agosto de 2006.
O índice de preços fechou o ano passado em 4,83%, superando a taxa de 2023 (4,62%) e acima do teto da meta do banco.