Quase um em cada quatro americanos acha os ataques recentes “compreensíveis”, 30% acreditam que os judeus têm muita influência na política e na mídia, e 27% acreditam que os judeus americanos devem ser responsabilizados pelas ações de Israel, de acordo com a última pesquisa da Liga Antidifamação (ADL).
Após três recentes incidentes violentos contra judeus americanos — o incêndio criminoso na residência do governador Josh Shapiro e os ataques mortais em Washington, D.C., e Boulder, Colorado — o Centro de Pesquisa sobre Antissemitismo da Liga Antidifamação (ADL) realizou uma pesquisa nacionalmente representativa para avaliar o estado do antissemitismo. Os resultados mostram que muitos americanos têm visões antissemitas extremas, incluindo alguns que justificam ou desculpam a violência contra judeus americanos.
Quase um em cada quatro americanos (24%) disse que os ataques eram “compreensíveis” e uma porcentagem semelhante acreditava que se tratava de operações de bandeira falsa com o objetivo de aumentar o apoio a Israel. Além disso, 22% disseram que os incidentes não eram antissemitas, 15% disseram que a violência era “necessária”, 14% não os consideraram crimes de ódio e 13% disseram que eram “justificados”.
A pesquisa também revelou que 60% dos americanos — independentemente de idade, inclinação política e opiniões sobre Israel — concordam pelo menos um pouco que o antissemitismo é um problema sério.
- Uma parcela significativa dos entrevistados, tanto democratas quanto republicanos — 25% dos democratas e 23% dos republicanos — também expressaram preocupação com o antissemitismo dentro de suas próprias fileiras.
- Americanos mais velhos são mais propensos a acreditar que o preconceito contra judeus é um problema sério. Entre a Geração Silenciosa e os baby boomers, 80% e 64%, respectivamente, concordam com essa afirmação. Pouco mais da metade dos millennials e da Geração Z acreditam que o preconceito contra judeus é um problema sério.
“A comunidade judaica ainda está se recuperando dos recentes ataques antissemitas que deixaram três mortos. É inaceitável que um quarto dos americanos considere essa violência indescritível contra judeus compreensível ou justificada, o que é um sinal alarmante de como as narrativas antissemitas são aceitas pela maioria”, disse Jonathan Greenblatt, diretor executivo e diretor nacional da ADL. “A avalanche de ódio antissemita tem aumentado constantemente desde 7 de outubro de 2023, com judeus sendo assediados e perseguidos, culpados e atacados, feridos e mortos. A maioria bipartidária do público americano precisa agir.”
Outras descobertas importantes
Um número significativo de americanos tem crenças preocupantes sobre os judeus:
- 34% acreditam que os judeus americanos são mais leais a Israel do que aos Estados Unidos.
- 30% dizem que os judeus têm muita influência na política e na mídia.
- 27% acreditam que os judeus americanos devem ser responsabilizados pelas ações de Israel.
Protestos e retórica contra Israel:
- No geral, quase um terço (29%) dos americanos tem uma opinião favorável dos manifestantes anti-Israel.
- Embora 59% da Geração Z tenha uma opinião favorável, a simpatia diminui drasticamente com a idade (29% dos millennials, 16% dos baby boomers e 27% da Geração Silenciosa).
- 58% dos americanos acreditam que quando os manifestantes usam o termo “sionista”, eles estão se referindo ao povo judeu em geral.
- 68% dizem que slogans como “ Globalize a Intifada ” ou “ Do Rio ao Mar ” aumentam o risco de violência contra os judeus.
- 34% dizem que não sabem o que significa “anti-sionismo”.
Apoio a medidas significativas contra o preconceito e a violência antijudaica entre os americanos pesquisados:
- 82% apoiam a eliminação do discurso de ódio que glorifica a violência na Internet.
- 77% querem que o governo tome mais medidas para combater o antissemitismo.
“A maioria dos americanos apoia uma série de intervenções nos níveis federal, estadual e local; temos uma janela de oportunidade para agir e enfrentar seriamente o flagelo do antissemitismo antes que ele se torne normalizado”, disse Matt Williams, vice-presidente do Centro de Pesquisa sobre Antissemitismo da ADL. “Embora nossa pesquisa mostre claramente que milhões de americanos continuam a ter crenças extremistas e conspiratórias, constatamos que a maioria rejeita o antissemitismo, a violência contra judeus e a retórica de ódio e deseja tomar medidas significativas para acabar com isso.”
Esta pesquisa foi realizada entre uma amostra nacionalmente representativa de 1.000 americanos em 10 de junho de 2025, pelo Ipsos Observer Omnibus, um painel não probabilístico.
Artigo preparado pela Liga Antidifamação (ADL), a principal organização contra o antissemitismo. Fundada em 1913, sua missão duradoura é “acabar com a difamação do povo judeu e garantir justiça e tratamento justo para todos”. Hoje, a ADL continua a combater todas as formas de antissemitismo e preconceito, utilizando inovação e parcerias para ampliar seu impacto. Líder global no combate ao antissemitismo, extremismo e intolerância, onde e quando eles ocorrem, a ADL trabalha para proteger a democracia e garantir uma sociedade justa e inclusiva para todos. Saiba mais em www.adl.org .