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Trump responde à “provocação” de Maduro enviando 10 caças F-35 para Porto Rico

Imediatamente após o Pentágono denunciar que dois caças F-16 venezuelanos sobrevoaram o navio norte-americano USS Jason Dunham, Washington ordenou o envio de 10 aeronaves de combate para o território mais próximo da Venezuela. A demonstração de força por parte do regime chavista teve a resposta esperada.

As tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela continuam a aumentar. Logo após dois caças F-16 da Força Aérea Venezuelana sobrevoarem o contratorpedeiro USS Jason Dunham na quinta-feira, navegando em águas internacionais ao sul do Caribe, como parte da operação do Pentágono contra cartéis de drogas, o governo Trump respondeu ordenando o envio de 10 caças F-35 para um campo de aviação em Porto Rico.

Embora o envio desses dez caças a Porto Rico faça parte de um reforço da operação de combate ao narcotráfico na região, não parece coincidência que tenha sido ordenado logo após o incidente classificado pelo Departamento de Defesa dos EUA como uma “manobra provocativa” da ditadura venezuelana, ao sobrevoar um dos oito navios de guerra que estacionava em águas caribenhas para “interferir” nas ações contra o “narcoterrorismo”, segundo um comunicado oficial do governo americano. A chegada desses dez caças F-35 a Porto Rico está prevista para o final da próxima semana, segundo duas fontes citadas pela agência de notícias Reuters.

Por sua vez, o regime venezuelano apresentou o sobrevoo de seus dois F-16 sobre o USS Jason Dunham como uma conquista sem precedentes que serve para o discurso interno dirigido à sua base, depois que os EUA lançaram um ataque direto contra um barco com drogas que saía da Venezuela, no qual morreram seus 11 ocupantes, de acordo com informações divulgadas pelo secretário de Estado, Marco Rubio, que está em turnê pela América Latina, onde já se reuniu com os presidentes do México e do Equador, buscando apoio na região no combate ao narcotráfico.

Embora os chavistas neguem que o ataque tenha sido real, alegando que o vídeo foi criado com inteligência artificial, evitando assim a necessidade de responder e provocar uma reação americana ou, na falta disso, revelar fraqueza e vulnerabilidade, o sobrevoo, descrito por um funcionário do Pentágono como uma “demonstração de força desnecessária e perigosa”, é evidência da necessidade de emitir algum tipo de alerta dissuasor. Washington foi rápido em refutar Caracas. “Definitivamente não foi inteligência artificial. Eu vi ao vivo”, disse o Secretário de Defesa, Pete Hegseth, em entrevista à Fox News na quarta-feira.

E Nicolás Maduro tem uma tarefa nada pequena na costa da Venezuela. Além do USS Jason Dunham, os contratorpedeiros USS Gravity, USS Sampson, USS Iwo Jima, USS Fort Lauderdale, USS San Antonio e USS Lake Erie, bem como um submarino nuclear, aos quais agora se juntarão estes 10 caças F-35 enviados para Porto Rico.

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