A porta-voz do departamento, Tammy Bruce, enfatizou que a decisão de revogar a licença de operação “também está sob a direção do presidente Donald Trump”.
Washington, 22 de maio (EFE) – O Departamento de Estado dos EUA insistiu nesta quinta-feira que a licença da Chevron será revogada em 27 de maio, como o secretário de Estado Marco Rubio anunciou no dia anterior, e que “não há confusão” sobre o assunto.
“Posso dizer que o secretário (Marco Rubio) postou um tweet deixando clara nossa posição sobre a Chevron, cuja licença expira em maio”, disse a porta-voz do departamento, Tammy Bruce, em uma entrevista coletiva, acrescentando que “muitas pessoas envolvidas em cada questão podem ter muitas opiniões”, mas “não há confusão” sobre isso.
ÚLTIMA HORA: La portavoz del Departamento de Estado acaba de enterrar a Richard Grenell e indica a la prensa que con respecto a la licencia de Chevron NUNCA HUBO CONFUSIÓN, la decisión la toma el secretario de Estado Rubio y el presidente Trump: "Otras personas pueden tener… pic.twitter.com/rF1AhDhwEE
— Emmanuel Rincón (@EmmaRincon) May 22, 2025
“Claramente, estamos nos referindo àqueles com o poder de influenciar e tomar decisões”, explicou ele, referindo-se ao Secretário de Estado.
Bruce enfatizou que a decisão de revogar a licença de operação “também está sob a direção do presidente (Donald) Trump”.
As palavras de Bruce vêm em resposta ao que Rubio escreveu horas antes na plataforma X, que afirmou que “a licença de petróleo pró-Maduro de Biden na Venezuela expirará conforme programado na próxima terça-feira, 27 de maio”, uma mensagem que contradiz o que Grenell disse há alguns dias, que manteve vários contatos com Caracas sobre assuntos de interesse bilateral.
The pro-Maduro Biden oil license in #Venezuela will expire as scheduled next Tuesday May 27th.
— Marco Rubio (@marcorubio) May 22, 2025
O enviado especial havia declarado no programa de televisão do jornalista Steve Bannon que a extensão da Chevron “será concedida” porque, segundo ele, houve progresso nas negociações com Maduro, o que Trump havia estipulado como condição para estender a licença da petrolífera norte-americana.
Na época, o então presidente Joe Biden estendeu uma licença à Chevron em novembro de 2022, permitindo-lhe exportar petróleo bruto do país sul-americano. A concessão foi feita no âmbito das negociações com os chavistas para a convocação de eleições presidenciais na Venezuela.
A saída da Chevron representará um golpe econômico para o regime chavista, já que a empresa contribuiu significativamente para a retomada da produção nacional de petróleo.
Desde que os EUA impuseram sanções à indústria petrolífera da Venezuela durante o primeiro governo Trump (2017-2021), Washington permitiu que a empresa mantivesse sua presença no país sul-americano.