Donald Trump disse que a Venezuela “está cercada” pela “maior armada já reunida na história da América do Sul” e que a comoção será como nunca antes, até que “devolvam todo o petróleo, as terras e outros ativos que roubaram anteriormente” dos Estados Unidos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou na terça-feira “um bloqueio total e completo de todos os petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela”, representando mais um passo na crescente pressão de Washington contra a ditadura de Nicolás Maduro, como parte do destacamento do Pentágono contra o narcotráfico na região, iniciado há cinco meses.

Trump afirmou em sua conta no Truth Social que a Venezuela “está cercada” pela “maior armada já reunida na história da América do Sul” e que a comoção será sem precedentes até que eles “devolvam todo o petróleo, terras e outros bens que roubaram anteriormente” dos Estados Unidos.

O republicano anunciou, assim, o “bloqueio total” contra petroleiros que entram e saem da Venezuela, numa escalada significativa da operação militar iniciada em águas internacionais do Caribe com o objetivo central de combater as organizações de narcotráfico que atuam na região.

Em sua mensagem, o presidente acrescentou que “o regime ilegítimo de Maduro está usando o petróleo desses campos roubados para se financiar, para o narcoterrorismo, o tráfico de pessoas, assassinatos e sequestros”.

Após a ordem presidencial, não está claro quantos petroleiros serão afetados ou quais serão as consequências dessa medida para a indústria petrolífera venezuelana.

Na semana passada, o Comando Sul dos EUA, que desde agosto atacou mais de 30 embarcações ligadas ao narcotráfico no Caribe e no Pacífico, deu uma guinada em suas operações em águas internacionais ao apreender o petroleiro Skipper, que transportava petróleo bruto venezuelano próximo à costa do país sul-americano e foi interceptado por forças americanas no Caribe por ordem judicial.

O navio, alvo de sanções de Washington desde 2022 por suas ligações com uma “frota paralela” de transporte de petróleo bruto e acusado de violar as regras de sanções, foi transferido para um porto dos EUA para iniciar um processo legal de confisco de sua carga.

A medida, considerada uma escalada significativa na pressão contra Maduro, tensionou ainda mais as relações entre os dois países e contribuiu para uma queda nos embarques de petróleo bruto venezuelano, além de ameaçar novas apreensões de petroleiros sancionados em águas próximas.

A nova escalada da operação militar dos EUA ocorreu em meio a uma crescente presença militar no Caribe e foi descrita pela ditadura chavista como “pirataria”, enquanto a Casa Branca defendeu a apreensão do primeiro petroleiro sancionado como parte de sua política de sanções e controle de ativos ligados a atividades ilícitas do regime.

Com informações da EFE