Os senadores da Flórida Rick Scott e Ashley Moody indicaram que o Departamento de Estado “pode ​​pagar tal recompensa a um ou mais indivíduos que fornecerem informações que levem diretamente à prisão de Maduro e a qualquer condenação em qualquer país por crimes específicos relacionados a narcóticos”.

Miami (EUA), 2 de out (EFE) – Os dois senadores americanos da Flórida apresentaram a “Lei Stop Maduro” (lei para deter Nicolás Maduro) para dobrar a recompensa pela captura do ditador venezuelano para US$ 100 milhões, além da “Lei BOLÍVAR”, que proibiria negócios com empresas ligadas ao regime.

A primeira iniciativa dobraria a oferta do governo Trump, que em agosto dobrou a recompensa pela prisão de Maduro para US$ 50 milhões, superando o valor oferecido pelo falecido líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden.

A proposta dos senadores da Flórida Rick Scott e Ashley Moody indica que o Departamento de Estado “pode ​​pagar tal recompensa a um ou mais indivíduos que fornecerem informações que levem diretamente à prisão de Maduro e a qualquer condenação em qualquer país por crimes específicos relacionados a narcóticos”.

A iniciativa também exigiria que qualquer pagamento viesse da liquidação de ativos que Washington apreendeu de Maduro, seu regime e cúmplices, já que o Departamento de Justiça apreendeu mais de US$ 700 milhões em ativos ligados ao ditador venezuelano, juntamente com dois aviões particulares e nove veículos.

O senador Moody, que apresentou a iniciativa em um evento em Doral, cidade do sul da Flórida com a maior concentração de venezuelanos nos Estados Unidos, enquadrou a proposta como parte da luta do governo dos EUA contra o narcoterrorismo, que acusa Maduro de liderar o Cartel dos Sóis.

“O narcoterrorismo é uma guerra contra o nosso país, as nossas crianças, a lei e a ordem. Esses terroristas contrabandeiam quantidades avassaladoras de drogas para o nosso país e vendem esse veneno que desestabiliza as nossas comunidades”, argumentou ele em um evento com líderes da cidade.

A Moody’s também destacou que a Lei BOLIVAR, cuja sigla em espanhol significa “proibir operações e contratos com o regime autoritário ilegítimo da Venezuela”, proibiria contratos entre agências do governo dos EUA e empresas que “fazem negócios com o regime de Maduro”.

As iniciativas também são copatrocinadas pelo senador Ted Cruz, do Texas, e pela senadora Marsha Blackburn, do Tennessee, todos republicanos.

Essas propostas surgem em um momento em que a mobilização militar dos EUA no Caribe se intensifica, onde autoridades americanas afundaram quatro embarcações atribuídas ao tráfico de drogas perto da costa venezuelana, deixando pelo menos 17 mortos.