O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse na terça-feira que Donald Trump está sob “enorme” pressão da União Europeia e da OTAN, em uma referência ao ultimato de 50 dias à Rússia.

Moscou, 15 de julho (EFE) – O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, rejeitou nesta terça-feira o ultimato de 50 dias do presidente dos EUA, Donald Trump, para que a Rússia chegasse a um acordo com a Ucrânia.

“Queremos enfatizar, antes de tudo, que qualquer tentativa de fazer exigências, especialmente ultimatos, é inaceitável para nós”, disse Ryabkov, citado pela agência de notícias TASS .

O vice-diplomata russo acrescentou que Moscou prefere meios diplomáticos para resolver conflitos, mas se isso “não receber uma resposta adequada”, a “operação militar” russa na Ucrânia continuará.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, sugeriu na terça-feira que Trump está sob “enorme” pressão da União Europeia e da OTAN, referindo-se ao ultimato de 50 dias que ele emitiu à Rússia.

“Queremos entender o que está por trás dessa declaração… Está claro que (Trump) está sob enorme pressão”, disse Lavrov na China, onde participa de uma reunião do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da Organização de Cooperação de Xangai (OCX).

No entanto, ele afirmou que a Rússia não cederá à ameaça de novas sanções se não chegar a um acordo com a Ucrânia em breve.

“Um número sem precedentes de sanções já foi imposto contra nós. Estamos lidando com elas e não tenho dúvidas de que o faremos (também no futuro)”, afirmou.

Enquanto isso, o Kremlin considerou a declaração de Trump sobre possíveis sanções contra a Rússia e seus parceiros caso um acordo não seja alcançado na Ucrânia “muito séria” e pediu que as pessoas aguardem a reação do líder russo Vladimir Putin sobre o assunto.