As partes “pretendem expandir a cooperação e fortalecer a coordenação para combater firmemente a política de ‘dupla contenção’ de Washington em relação à Rússia e à China”, disse uma declaração conjunta.

Moscou, 8 de maio (EFE) – Rússia e China condenaram em uma declaração conjunta nesta quinta-feira a política de “dupla contenção” dos Estados Unidos e a expansão de blocos militares, particularmente a OTAN, na região da Ásia-Pacífico.

As partes “pretendem expandir a cooperação e fortalecer a coordenação para combater firmemente a política de Washington de ‘dupla contenção’ da Rússia e da China”, disse.

O documento, que também critica as aspirações do Ocidente de manter sua hegemonia, foi assinado pelo presidente russo, Vladimir Putin, e pelo presidente chinês, Xi Jinping, após negociações no Kremlin.

A Federação Russa e a República Popular da China acreditam que os planos dos Estados Unidos e do Reino Unido de construir infraestrutura militar na Austrália só provocarão uma corrida armamentista na região.

Putin e Xi, aliados conhecidos do Irã, também pedem uma solução política para o problema nuclear iraniano baseada no Tratado de Não Proliferação Nuclear, mas também no uso pacífico da energia atômica.

E eles pedem que uma solução seja encontrada por meio de negociações que levem em consideração as preocupações razoáveis ​​de todos os participantes do processo.

A declaração enfatiza, em linha com a posição do Kremlin sobre a Ucrânia, que a segurança de um país não deve ser fortalecida às custas de outro.

Essa segurança indivisível é o argumento que a Rússia, que denunciou os planos de Kiev de se juntar à OTAN, sempre usou para defender sua campanha militar na Ucrânia.

Além disso, eles alertam contra as políticas antagônicas de alguns países e blocos, e pedem que eles parem de interferir nos assuntos internos de outros estados, minando a arquitetura de segurança internacional e criando linhas artificiais entre os países.

Em relação ao congelamento de ativos, do qual a Rússia agora é vítima, eles defendem o direito de tomar contramedidas sob o direito internacional.