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Relativismo, pecado, graça e salvação

Vivemos tempos em que o relativismo tem tirado das pessoas o temor pela salvação de suas almas. Devido o advento do antropocentrismo, o ser humano foi convencido de que poderia, a seu bel-prazer criar os próprios conceitos do que é ou não virtude.

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Todo caos que temos presenciado em nosso país e no mundo afora é resultado da apostasia, semeada em nossos corações através da soberba e desobediência do primeiro homem e da primeira mulher, no momento em que se deixaram convencer que poderiam ser como Deus.

Quantas vezes ouvimos os seguintes discursos: “Eu sonego impostos, pois os políticos são corruptos” ou “Eu traio minha esposa, pois ela só pensa no trabalho e não me dá atenção”. Veja que a todo tempo tentamos relativizar o certo e o errado, a fim de infantilmente validar nossos pecados e fraquezas.

Este tipo de conduta faz com que a crença em um Deus sobrenatural que nos julga com base em nossas ações, seja substituída por uma simplificação herética que tem como objetivo nos deixar mais confortáveis frente nossas covardias e falta de caráter, além de nos levar diretamente para o inferno, lugar de dor e desespero, onde Deus não habita.

O Catecismo da Igreja Católica nos diz no parágrafo 1949 que “Chamado à bem-aventurança, mas ferido pelo pecado, o homem tem necessidade da salvação de Deus. O auxílio divino é-lhe dado em Cristo, pela lei que o dirige e na graça que o ampara”

Deus nos ajuda a todo tempo para que nos salvemos.

Somente alcançaremos a Salvação através da graça de Deus que nos sustenta, mas também cabe a cada um de nós (por meio de nossa liberdade), a decisão e vontade em cumprir a lei e os mandamentos deixados por Nosso Senhor Jesus Cristo, que para nós são um guia de como devemos viver e nos portar.

Como a graça de Deus atua em nós?

Quando falamos sobre a graça de Deus temos que distinguir que existem dois tipos de graça, a santificante e a atual.

A graça santificante

A graça santificante é infundida em nós no momento do nosso batismo, desta forma somente os batizados possuem a graça santificante, ela é o elo que nos conecta a Deus e é através dela que podemos usufruir dos benefícios da bondade e da amizade de Deus, que é oferecida a nós, seus filhos.

A graça santificante permanece em nós durante toda a vida, mas ao cometermos um pecado grave, ou mortal este elo é interrompido e desta forma somos privados dela que somente poderá ser restituída em nossa vida através do verdadeiro arrependimento e da absolvição do Sacerdote, por meio do sacramento da confissão.

A graça atual

A graça atual é diferente. É gratuita e é dada por Deus para quem ele quiser (até mesmo a um não batizado), seu objetivo é fazer com que alcancemos ou tenhamos de volta a graça santificante.

Sabe aquele arrependimento que você sente quando faz algo errado ou aquele ímpeto de se confessar, depois de um grande período distante do sacramento?

Isso é a graça atual sendo infundida em você por Deus, para que possa se reconectar com Ele.

Ato e potência

Cada vez que pecamos, nós adulteramos ou até mesmo rompemos com o desejo de Deus para cada um de nós, e o desejo de Deus é que sejamos santos.

O filósofo grego Aristóteles, teoriza acerca do ato e da potência.

Resumidamente ele estabelece que “ato” é aquilo que se é, enquanto que “potência” é aquilo que nós podemos vir a ser.

Pense que a mancha do pecado original faz de nós pecadores em ato, enquanto o sacrifício de Cristo nos torna santos em potência. Para que esta potência se torne ato devemos nos amparar na graça de Deus e nos deixarmos ser dirigidos por sua lei.

E a você que lê este artigo, peço que o Espírito Santo repouse sobre ti neste momento e semeie em seu coração o verdadeiro desejo de mudança de vida, a fim de caminhar a partir de agora verdadeiramente na presença de Deus, apoiado na promessa de Nosso Senhor que diz: “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e sua justiça, e todas as coisas vos serão acrescentadas” (MT 6, 33)  

Viva Cristo Rei, Salve Maria Santíssima.

Fontes:

Catecismo da Igreja Católica – Parágrafo 1949

Bíblia de Jerusalém – Evangelho segundo São Mateus – Capítulo 6, Versículo 33.  

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