A versão do acordo que seria assinada pelos dois governos previa a criação de um fundo de investimento conjunto, dominado pelos EUA, a ser financiado com metade das receitas geradas pela futura exploração dos recursos naturais da Ucrânia. O fundo deveria garantir investimentos na Ucrânia.
Kiev, 1º de abril (EFE) – A Ucrânia está atualmente negociando com os Estados Unidos o conteúdo do acordo sobre a exploração de recursos minerais, conforme exigido pelo presidente norte-americano, Donald Trump, a fim de salvaguardar os interesses de Kiev, confirmou o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andri Sibiga, na terça-feira.
O ministro afirmou que ambos os lados realizaram recentemente uma primeira rodada de negociações sobre a nova versão do acordo apresentada pelos EUA, que difere daquela que ambos os países concordaram e deveriam ter assinado durante a visita do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky à Casa Branca em 28 de fevereiro.
“O lado ucraniano está determinado a redigir um documento que atenda aos interesses nacionais mútuos dos EUA e da Ucrânia”, disse Sibiga em uma entrevista coletiva em Kiev com seu colega lituano, Kestutis Budrys.
Sibiga acrescentou que o governo ucraniano continuará trabalhando com os americanos para “alcançar um texto mutuamente aceitável que possa ser assinado”.
A versão do acordo a ser assinada por ambos os governos previa a criação de um fundo de investimento conjunto dominado pelos EUA, a ser financiado com metade da receita gerada pela futura exploração dos recursos naturais da Ucrânia.
O fundo deveria garantir investimentos na Ucrânia.
De acordo com a publicação Ukrainska Pravda, a última versão do acordo — que foi apresentada à Ucrânia em 28 de março — inclui condições menos vantajosas para a Ucrânia, como a obrigação de oferecer prioridade aos EUA em quaisquer projetos de exploração de seus recursos.
Trump está exigindo que Kiev assine o acordo e espera recuperar o dinheiro que os EUA gastaram apoiando a Ucrânia nesta guerra com o dinheiro gerado pelos recursos ucranianos.
