PHVOX – Análises geopolíticas e Formação
Destaque

Pelo menos 1.150 presos políticos em Cuba sofrem violência estatal e tortura selvagem

A Prisoners Defenders denunciou que em seu registro há 222 pessoas acusadas de sedição, quando na maioria dos casos elas estavam envolvidas em protestos pacíficos, e acrescentou que 219 “já foram condenadas a uma média de dez anos de prisão cada” (incluindo 15 menores).

Madri, 13 de fevereiro (EFE) – A ONG Prisoners Defenders  (PD) divulgou nesta quinta-feira que o número de presos políticos em Cuba era de 1.150 no final de janeiro, onze a menos do que o informado em seu relatório mensal anterior.

A organização, com sede em Madri, mantém em sua lista os 201 libertados em janeiro, argumentando que suas sentenças não foram extintas e que, na prática, eles ainda estão em liberdade condicional.

Conheça a nova obra de Paulo Henrique Araújo:Foro de São Paulo e a Pátria Grande, prefaciada pelo Ex-chanceler Ernesto Araújo. Compreenda como a criação, atuação e evolução do Foro de São Paulo tem impulsionado a ideia revolucionária da Pátria Grande, o projeto de um bloco geopolítico que visa a unificação da América Latina.

Essas pessoas foram libertadas da prisão em janeiro, após a decisão do governo cubano de libertar 553 prisioneiros condenados por “vários crimes”, depois que Washington retirou Havana da lista de países que promovem o terrorismo.

O relatório da PD acrescenta cinco novos nomes à lista e especifica que 16 foram libertados após cumprirem toda a pena ou medida.

A organização, que é um dos principais pontos de referência para o registro de presos políticos em Cuba, indicou que sua lista inclui 721 pessoas “com patologias médicas graves, tendo confirmado que a causa se deve à falta de alimentação, maus-tratos, ambiente repressivo e seu agravamento devido à falta de atenção médica adequada”.

Ele acrescentou que verificou “70 presos políticos com sérios distúrbios de saúde mental sem tratamento médico ou psiquiátrico adequado”.

Ele também explicou que 33 menores ainda estão na lista, dos quais 29 estão cumprindo penas e quatro estão sendo processados criminalmente “com medidas cautelares sem nenhuma proteção judicial”. A idade mínima de responsabilidade criminal em Cuba é 16 anos.

A Prisoners Defenders denunciou que em seu registro há 222 pessoas acusadas de sedição, quando na maioria dos casos elas participaram de protestos pacíficos, e acrescentou que 219 “já foram condenadas a uma média de dez anos de prisão cada uma” (incluindo 15 menores de idade).

A ONG também destacou o tratamento dado às 123 mulheres de sua lista, incluindo duas mulheres transgênero que estão presas entre os homens.

“Cuba tem um total de 1.801 presos políticos presentes em suas prisões” desde julho de 2021, quando foram registrados os maiores protestos antigovernamentais em décadas na ilha, informou a ONG.

Pode lhe interessar

Liberdade e Propriedade

Heitor De Paola
19 de maio de 2023

As principais ameaças à educação I

Heitor De Paola
6 de setembro de 2022

O Panamá não renovará seu tratado com a China. Trump estava certo?

PanAm Post
3 de fevereiro de 2025
Sair da versão mobile