PHVOX – Análises geopolíticas e Formação
Artigos

Países da UE tentam acabar com soberania da Hungria por lei de proteção à criança

O Governo, o povo e a seleção de futebol da Hungria está sofrendo um processo de linchamento organizado, sendo brutalmente atacada por vias diplomáticas por membros da União Européia e através de federações de futebol na Eurocopa. O motivo? Ter aprovado uma lei que proíbe a veiculação de material que exponha crianças a conteúdos sexuais, ideologia de gênero, mudança de sexo e homossexualidade.

A pressão começou dentro da própria Hungria através de cinco ONG’s, entre elas a Budapeste Pride e principalmente da Anistia Internacional, organização supra-nacional defensora de pautas revolucionárias, colocando em xeque diversos direitos que estariam em risco com a aprovação da lei, conforme suas “denúncias” abaixo:

A liberdade de expressão e os direitos das crianças LGBTQ também seriam severamente restringidos”

Esta mudança põe em perigo a saúde mental dos jovens LGBT + e os impede de acessar informações e apoio afirmativo de maneira preventiva e oportuna.”

Essa legislação só reforça o preconceito e a homofobia, o que é incompatível com os valores das sociedades democráticas”

As Consequências

Estamos presenciando um processo de perseguição profunda e tentativa de suplantar à soberania nacional do povo Húngaro.

Treze países da União Européia emitiram declaração conjunta onde apontam o dedo para Orban pela lei contra a “propaganda gay”. Parte do documento afirma que o governo Húngaro está passando “emendas que discriminam as pessoas LGBTI + e violam o direito à liberdade de expressão sob o pretexto de proteger as crianças”.

A declaração conjunta foi promovida no Conselho de Assuntos Gerais pela Bélgica, Holanda e Luxemburgo e apoiada e compartilhada pela Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Letônia, Lituânia, Espanha, Suécia e Itália.

O caso levou a tamanho furor para os promotores das agendas revolucionárias, que, políticos de Munique tentaram fazer com que a Allianz Arena fosse iluminada com as cores da agenda política LGBT, ideia que foi rechaçada pela UEFA.

Vista da Allianz Arena iluminada com a bandeira do movimento político LGBT

Jogadores das seleções que irão enfrentar a seleção da Hungria prometem “passar o carro” e impor derrotas esportivas aos húngaros por revanche.

A Federação Portuguesa de Futebol, por exemplo, postou em suas redes sociais imagem onde a vemos a sagrada Cruz de Cristo sendo aplicada à bandeira de propaganda da agenda política LGBT.

O que diz a lei?

Os principais argumentos apresentados pelas ONG’s e organizações de fomento à opinião pública, não possuem uma sustentação sólida na realidade e nem no projeto de lei em si. A lei não restringe em nenhum momento as famílias a procurarem, se assim desejarem, qualquer tipo de apoio ou mesmo orientação profissional para seus filhos ou tutelados. A lei também não impõe em momento algum qualquer tipo de medida restritiva ou mesmo social a qualquer pessoas por sua orientação sexual.

A liberdade de expressão não é limitada de maneira alguma dentro do exposto na lei, como falsamente exposto pela Anistia Internacional. Todavia, fica proibido a exposição de crianças a conteúdos que remetam a sexualidade em geral, seja ela de caráter introdutório à masturbação, heterossexual, homossexual ou à ideologia de gênero em ambientes não controlados pela família: Propagadas, programas de televisão, escolas, campanhas sociais e afins. Confira:

Para efeitos da presente Lei e para a proteção das crianças, é proibido conteúdo pornográfico e conteúdo que promove a sexualidade para os seus próprios fins que descrevem a sexualidade para fins sexuais, ou que se desviam da auto-identidade do sexo de nascimento, gênero a mudança de sexo e homossexualidade.”

A lei delimita que tais eventos ou materiais devam conter material indicativo para maiores de 18 anos:

(6) Um programa adequado para o desenvolvimento físico, mental ou moral, em particular ao constituir um elemento determinante de violência, desvios da identidade de gênero, mudança de sexo e a homossexualidade, ou a promoção, representação ou as representações diretas, naturais ou de auto-serviço da sexualidade, devem ser classificadas na categoria V. Tais programa: não recomendado para menores de dezoito anos,”

Ainda dentro da lei temos o seguinte trecho que derruba a falácia levantada por diversos países, federações de futebol e esportistas quanto a qualquer tipo de limitação a informação ou educação sexual:

(12) Os alunos devem ser informados sobre a cultura sexual, a vida sexual, a orientação sexual e orientação sexual e desenvolvimento sexual, deve ser dada especial atenção ao seguinte Artigo XVI(1) da Lei Fundamental. Estas sessões não devem ser dirigidas a desviando-se da identidade do seu sexo de nascimento, mudando o seu sexo, e a promoção da homossexualidade”.

Como podemos observar, o que fica proibido é que entes que tenham acesso à educação de crianças utilizem-se da audiência cativa para a promoção de pautas que fujam ao caráter educacional biológico do tema da sexualidade, cabendo assuntos relacionados a questões como drogas, ideologia de gênero, homossexualidade, mudança de sexo e afins às famílias.

A lei também exige que conteúdos escolares sejam previamente divulgados na internet de maneira pública, deixando de maneira clara o seu objetivo:

“(3) O registro referido no nº (1)
(a) o título do esquema,
b) O titular do programa
(ba) no caso de uma pessoa singular, o nome, os dados de contacto ou
bb) no caso de uma organização, o nome, a sede social e os dados de contato da organização,
c) Uma indicação do tipo de estabelecimento de ensino público em que o programa se destina a ser o tipo de instituição de ensino público em que vai ser implementado,
d) A data de registro e o nome do estabelecimento de ensino público em que o programa registrado deve ser implementado a duração da sua utilização no estabelecimento de ensino (indicando o ano letivo).”

O leitor que desejar encontra o documento em Húngaro neste link. Também é possível o download da versão traduzida neste link.

Desta forma, caro leitor, fica cada vez mais claro que estamos presenciando um show planejado entre entidades políticas e organizações revolucionárias, ligadas a veículos de imprensa para fomentar a opinião pública e barrar uma lei que visa proteger a exposição de crianças a conteúdos sexuais de qualquer espécie e acima de tudo, protegê-las de uma ideologia nefasta como a de gênero, e aqui quero ressaltar o aspecto deste termo, pois trata-se exclusivamente de uma ideologia, não existe uma ligação com a biologia humana ou com dados empíricos que refutem a ordem natural biológica humana.

Pode lhe interessar

Arte feia ou feio na arte?

Anderson C. Sandes
9 de novembro de 2022

Trump diz que as conversas com Putin foram “muito boas e produtivas”

PanAm Post
14 de março de 2025

Governo chileno enfrenta nova onda de incêndios sem pagar dívida multimilionária por danos em 2024

PanAm Post
12 de fevereiro de 2025
Sair da versão mobile