O regime chavista antecipou que sua missão permanente na ONU apresentará uma denúncia, nesta quinta-feira, ao Conselho de Segurança e ao secretário-geral desse órgão, António Guterres, com o objetivo de exigir “prestação de contas” ao governo dos Estados Unidos e a “adoção de medidas urgentes que impeçam uma escalada militar no Caribe”.

O regime de Nicolás Maduro afirmou nesta quarta-feira que vê com “extremo alarme” o uso da Agência Central de Inteligência (CIA) como “uma ameaça” contra a Venezuela, um conjunto de ações que, segundo ele, fazem parte de “manobras” que buscam “legitimar uma operação” de “mudança de regime”, omitindo que permanece no poder pela força após ter se declarado reeleito em 28 de julho de 2024 com um resultado fraudulento que até o momento permanece inédito.

“Observamos com extremo alarme o uso da CIA, bem como os deslocamentos militares anunciados no Caribe, que constituem uma política de agressão, ameaças e assédio contra a Venezuela”, disse a ditadura chavista em um comunicado.

Por isso, o regime anunciou que sua missão permanente na ONU apresentará uma queixa nesta quinta-feira ao Conselho de Segurança e ao secretário-geral da organização, António Guterres, exigindo “prestação de contas” do governo dos Estados Unidos e a “adoção de medidas urgentes para evitar uma escalada militar no Caribe”.

“A comunidade internacional deve entender que a impunidade por esses atos terá consequências políticas perigosas que devem ser interrompidas imediatamente”, alertou.

New York Times revelou na quarta-feira que o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, autorizou a CIA a realizar operações letais na Venezuela e no Caribe, como parte de um aumento em suas ações contra o regime de Maduro com o objetivo de “removê-lo do poder”, de acordo com o veículo de Nova York, que cita autoridades dos EUA como fontes que afirmam que a CIA poderia tomar ações secretas contra Maduro ou sua liderança, unilateralmente ou em conjunto, como parte de uma operação militar mais ampla.

No entanto, ainda não se sabe se a agência já está planejando alguma ação ou se ela é um plano de contingência.

Os Estados Unidos atacaram um total de cinco navios de drogas em águas internacionais perto da Venezuela, matando 27 traficantes de drogas, de acordo com informações oficiais divulgadas pelo Secretário de Guerra Pete Hegseth e pelo Presidente Donald Trump.

Os Estados Unidos têm atualmente 10.000 soldados na região, a maioria em bases em Porto Rico, além de um contingente de fuzileiros navais em navios de assalto anfíbio. No total, o país possui oito navios de guerra e um submarino nuclear no Caribe.

Com informações da EFE