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O número de mortos na operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro sobe para 132

O secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, afirmou durante uma coletiva de imprensa que apenas os suspeitos que “optaram pelo confronto” com os policiais foram mortos e que aqueles que se renderam foram levados para a delegacia.

Rio de Janeiro, 29 de outubro (EFE) – A operação policial contra a facção Comando Vermelho, iniciada nesta terça-feira no Rio de Janeiro, a mais sangrenta da história da cidade brasileira, deixou 132 mortos, informou nesta quarta-feira a Defensoria Pública, embora o governo regional tenha confirmado apenas 119 até o momento.

A Defensoria Pública, instituição responsável por prestar assistência jurídica gratuita, elevou o número de mortos, que ontem era de 64, depois que moradores dos bairros afetados começaram a procurar por seus parentes desaparecidos e a reunir dezenas de corpos em uma praça.

Agentes da agência acompanham as buscas na favela da Penha, um dos focos da operação, desde a madrugada de quarta-feira, e estão presentes nos institutos forenses responsáveis ​​pela identificação dos corpos, segundo comunicado.

Da mesma forma, a Defensoria Pública afirmou ter coletado depoimentos de moradores e parentes dos falecidos para “contribuir com a necessária resposta institucional à violência estatal sem precedentes”.

O governo regional, por sua vez, apresentou na quarta-feira um balanço com quatro policiais e 115 supostos membros do Comando Vermelho, uma das duas facções criminosas mais poderosas do Brasil.

O secretário da Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, afirmou em coletiva de imprensa que apenas os suspeitos que “optaram por confrontar” a polícia foram mortos, e que aqueles que se renderam foram levados à delegacia.

“Foi uma ação legítima do Estado para cumprir mandados de prisão”, defendeu o secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, em resposta às críticas recebidas pelo elevado número de mortes.

Curi explicou que 58 corpos foram recuperados ontem e outros 61 hoje, mas os jornalistas no local contabilizaram um número maior.

Na data da conferência de imprensa, ainda havia corpos não recolhidos em Penha que, por não terem sido levados para o necrotério, ainda não haviam sido incluídos na contagem oficial.

Além disso, durante a operação, 113 suspeitos foram presos e 119 armas e 14 artefatos explosivos foram apreendidos em dois complexos de favelas, Penha e Alemão.

Os membros da quadrilha responderam à operação ontem com bloqueios em diversas vias da zona norte do Rio de Janeiro, causando interrupções no trânsito de cerca de cem linhas de ônibus e o fechamento de dezenas de escolas e centros de saúde.

Nesta quarta-feira, a cidade amanheceu sem novos bloqueios após o dia de caos, embora a maioria dos comércios e escolas nos bairros afetados permaneçam fechados.

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