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O Irã restringiu o acesso à Internet global em seu território

“Se necessário, passaremos para a intranet; esta é uma decisão tomada para o bem da nação e a segurança do povo”, informou o Iran Nuances.

Teerã, 20 de junho (EFE) – O regime iraniano confirmou nesta sexta-feira que restringiu o acesso à internet em todo o país para que os sistemas de defesa possam atuar contra os drones israelenses, uma semana após a ofensiva lançada pelo Estado judeu.

O porta-voz do regime iraniano indicou que a decisão foi tomada para “rastrear e interceptar” drones israelenses, confirmando que o apagão que atinge o país desde quarta-feira passada foi ordenado pelas autoridades e não consequência de ataques israelenses.

“Se necessário, passaremos para a intranet; esta é uma decisão tomada para o bem da nação e a segurança do povo”, informou o Iran Nuances.

A EFE pôde verificar que, desde quarta-feira à tarde, não era mais possível conectar-se a sites fora do país, e VPNs comumente usados para acessar aplicativos bloqueados, como WhatsApp e Telegram, também foram bloqueados.

A internet caiu naquele dia por volta das 13h30 GMT — de acordo com a organização IODA, que monitora o comportamento na internet e é afiliada à universidade americana Georgia Tech — após um intenso ataque israelense em vários locais do país.

As autoridades iranianas relataram então ataques cibernéticos em seus sistemas e o impacto em dois bancos de dados.

A plataforma NetBlocks, que monitora o tráfego da internet e a censura, disse na sexta-feira que “o Irã foi desconectado da internet global” e que os dados mostram que a conectividade doméstica do país permanece em uma porcentagem abaixo dos níveis normais, com apenas um punhado de usuários capazes de se conectar por meio de VPNs multi-hop.

Desde 13 de junho, o exército israelense tem atacado a infraestrutura militar (sistemas de defesa aérea, depósitos de mísseis balísticos, etc.) e usinas nucleares (Natanz, Isfahan e Furdu) no Irã com o objetivo de destruir o programa nuclear iraniano, em meio a temores de que Teerã possa adquirir a bomba atômica, uma alegação negada repetidamente pelo Irã.

As autoridades iranianas não atualizaram o número oficial de mortos desde o último domingo, que permanece em 224. De acordo com relatos locais, esse número já é muito maior, e a organização iraniana anti-regime, HRANA, sediada nos EUA, estimou-o em 639.

O Irã, por sua vez, atacou diversas instalações militares e também atingiu alvos civis, como o Hospital Soroka, em Israel. As autoridades israelenses, por outro lado, também mantiveram o número de mortos em seu território em 24 no último dia.

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