“Em nome de Israel e do povo judeu, agradeço ao presidente Donald Trump por sua ordem executiva para combater o antissemitismo e o apoio ao terrorismo nos campi americanos”, disse o primeiro-ministro israelense em um comunicado.

Jerusalém, 30 jan (EFE) – O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, agradeceu nesta quinta-feira ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por ter assinado uma ordem executiva para identificar os estudantes e professores estrangeiros que participaram de protestos universitários pró-palestinos, a fim de deportá-los.

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“Em nome de Israel e do povo judeu, agradeço ao presidente Donald Trump por sua ordem executiva para combater o antissemitismo e o apoio ao terrorismo nos campi americanos”, disse um comunicado divulgado por seu gabinete.

A ordem, assinada por Trump na quarta-feira, instrui os secretários de Estado, de Educação e de Segurança Interna a exigir que as universidades dos EUA monitorem e relatem as atividades de estudantes e professores estrangeiros que possam ser consideradas antissemitas, a fim de tomar medidas de acordo com a lei e, se for o caso, agir para expulsá-los do país.

O texto estabelece várias disposições sobre antissemitismo, mas se concentra particularmente nos protestos que eclodiram em abril de 2024  nos campi dos Estados Unidos contra a guerra em Gaza e o apoio de Washington a Israel, que duraram cerca de três meses e resultaram em cerca de 3.100 prisões.

“Obrigado (Trump) por defender a verdade e a justiça”, dizia a nota do líder israelense.

Trump ressaltou que decidiu assinar essa ordem executiva sobre antissemitismo após retornar à Casa Branca em 20 de janeiro, observando que “estudantes judeus, em particular, enfrentaram assédio antissemita nas escolas e nos campi universitários”.

O relacionamento entre Trump e Netanyahu já ficou evidente nas primeiras semanas do retorno do magnata americano à Casa Branca, durante as quais ele também deu sinal verde para a revogação das sanções contra os colonos na Cisjordânia e descongelou o envio de bombas de 900 quilos, duas medidas que seu antecessor, Joe Biden, havia defendido de forma totalmente oposta.