“Aparentemente, a Inquisição Espanhola, a expulsão de judeus da Espanha e o assassinato em massa sistemático de judeus durante o Holocausto não bastam para Sánchez. Incrível”, disse o primeiro-ministro israelense.
Jerusalém, 11 de setembro (EFE) – O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou nesta quinta-feira o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, de fazer uma “flagrante ameaça genocida” contra Israel por afirmar que a Espanha não pode interromper a ofensiva contra Gaza porque “não tem bombas nucleares”.
“O primeiro-ministro espanhol disse ontem que a Espanha não pode impedir a batalha de Israel contra os terroristas do Hamas porque ‘a Espanha não possui armas nucleares’. Essa é uma ameaça genocida flagrante contra o único Estado judeu do mundo”, disse Netanyahu em um perfil do gabinete do primeiro-ministro no X.
“Aparentemente, a Inquisição Espanhola, a expulsão de judeus da Espanha e o assassinato em massa sistemático de judeus durante o Holocausto não bastam para Sánchez. Incrível”, acrescentou o líder israelense.
As declarações de Netanyahu ocorrem após Sánchez anunciar, na segunda-feira, no Palácio da Moncloa, um pacote de nove medidas contra Israel pelo que chamou de “genocídio” em Gaza. Essas medidas incluem a consolidação jurídica do embargo de armas, a proibição de entrada na Espanha de indivíduos envolvidos em tais ações e o aumento da ajuda humanitária.
Prime Minister's Office:
— Prime Minister of Israel (@IsraeliPM) September 11, 2025
Spanish PM Sanchez said yesterday that Spain can’t stop Israel’s battle against Hamas terrorists because ‘Spain does not have nuclear weapons.’ That’s a blatant genocidal threat on the world’s only Jewish State.
Em sua aparição na segunda-feira no Palácio da Moncloa para anunciar essas medidas, o primeiro-ministro espanhol enfatizou: “A Espanha, como vocês sabem, não possui bombas nucleares, nem porta-aviões, nem grandes reservas de petróleo. Sozinhos, não podemos deter a ofensiva israelense. Mas isso não significa que deixaremos de tentar. Porque há causas pelas quais vale a pena lutar, mesmo que não esteja em nosso poder vencê-las.”
Pedro Sánchez também enfatizou que a Espanha “sempre apoiará o direito de Israel de existir, de garantir sua segurança e de prosperar”, mas, “com a mesma convicção”, distingue entre “proteger seu país, proteger sua sociedade” e “bombardear hospitais e matar de fome crianças inocentes”.