“A narcoditadura castrochavista, primeiro com Chávez e agora com Maduro, financiou diferentes governos da região para torpedear as ideias de liberdade e manter o povo escravizado no socialismo do século XXI”, destacou o presidente da Argentina, Javier Milei.
O presidente argentino Javier Milei afirmou que o chavismo, o principal promotor do chamado “socialismo do século XXI” na América Latina, tentou escravizar a região financiando movimentos e propostas que mantinham os cidadãos dominados por esses preceitos esquerdistas, algo que seu país agora conseguiu escapar.
Em sua primeira entrevista após a impressionante vitória de seu partido nas eleições parlamentares, o presidente foi enfático: “A narcoditadura castro-chavista, primeiro com Chávez e agora com Maduro, financiou vários governos na região para torpedear as ideias de liberdade e escravizar as pessoas no socialismo do século XXI. Portanto, a batalha travada na Argentina está muito acima do debate interno.”


Nessa linha de discurso, Milei destacou o trabalho do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump; do secretário de Estado, Marco Rubio; e do secretário do Tesouro, Scott Bessent, a quem agradeceu pelo apoio durante a campanha e indicou que, por compreenderem em primeira instância a questão da batalha cultural, veem a América como um bloco de referência para os Estados Unidos e, portanto, o governo republicano decide ajudar os aliados.
Ao discorrer sobre o peso desta eleição e o apoio dos EUA em um momento crucial para a estabilidade do país, o economista libertário enfatizou que “o ataque à Argentina nos últimos nove meses (sabotando o equilíbrio fiscal e outras iniciativas) não se limita apenas à Argentina. O socialismo do século XXI tem diferentes formas, e elas se complementam. É por isso que o caso da Venezuela é tão importante.”
“O pior já passou”
Em outros temas abordados durante o encontro com o jornalista Antonio Laje, na A24, o presidente argentino destacou que seu país alcançou uma virada histórica, ao mesmo tempo em que comemorou os resultados das eleições e antecipou as reformas trabalhista e tributária.
“Pretendemos reduzir impostos e promover uma modernização trabalhista que não implique na perda de direitos”, afirmou, enviando uma mensagem direta aos sindicatos: “Os sindicatos sabem que, se pensarem nisso como um negócio, estão condenados. Dessa forma, todos ganham, porque mais trabalhadores serão registrados.”
Milei também afirmou que sua gestão entrou em uma nova etapa, que inclui a possível inclusão de outras equipes em seu gabinete para o período que começa em 10 de dezembro, quando a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, o ministro da Defesa, Luis Petri, e o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, assumirão seus cargos como senadora e deputados, respectivamente.
Nesse sentido, ele antecipou que a reformulação será enfrentada juntamente com as novas correlações de força no Congresso: “Preciso de um parceiro político para avançar. Já cumprimos 98% das promessas de campanha”. Embora tenha apoiado o chefe de Gabinete, Guillermo Francos, ele deixou a porta aberta para modificações: “É óbvio que haverá mudanças. O Ministério da Segurança está resolvido, falta a Defesa”.
Milei afirmou que vai somar líderes de outras forças: “Sou bilardista. Vou somar para ganhar”.