Ex-agentes de inteligência e altos funcionários chavistas estimam que US$ 7,821 bilhões em recursos foram enviados ao Irã, correspondentes a fundos do petróleo venezuelano que foram desviados para “financiar atividades hostis”, segundo a ABC da Espanha, citando documentos em posse do Ministério Público dos Estados Unidos e da Casa Branca.

Enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou o fentanil uma “arma de destruição em massa” e alertou que ataques “terrestres” contra os cartéis de drogas seriam “mais fáceis”, relatos vindos do outro lado do Atlântico acrescentaram mais evidências de seu uso no Caribe, com foco no regime de Nicolás Maduro na Venezuela, agora diretamente ligado ao programa nuclear iraniano – que já havia sido alvo de bombardeios dos EUA em junho – por meio da estatal PDVSA, segundo o jornal espanhol ABC.

Esta publicação, intitulada “Petróleo venezuelano financiou o programa nuclear iraniano “, acrescenta mais uma camada à operação ordenada pela Casa Branca há cinco meses, que resultou no afundamento de cerca de vinte embarcações em ataques cinéticos, deixando pouco mais de 80 mortos, todos rotulados por Washington como narcotraficantes. No entanto, o fato de o governo Trump ter declarado guerra ao narcoterrorismo não pode ser ignorado, pois isso amplia o escopo da ação e complica a situação para o ditador venezuelano, à medida que novos elementos se somam contra ele.

A primeira página da ABC desta terça-feira, 16 de dezembro, acrescenta que ex-agentes de inteligência e altos funcionários chavistas estimam que US$ 7,821 bilhões em recursos foram enviados ao Irã, correspondentes a fundos do petróleo venezuelano que foram desviados para “financiar atividades hostis e projetar influência política em diferentes países”, relacionadas ao programa nuclear iraniano, segundo a reportagem que cita documentos em posse do Ministério Público dos Estados Unidos e da Casa Branca, o que complica a situação de Maduro aos olhos de Trump.

Esta investigação, cujos detalhes serão divulgados nas próximas horas, faz parte de processos em andamento nos EUA relacionados às conexões financeiras internacionais da ditadura de Nicolás Maduro, que teria “os dias contados no poder”, segundo reiterou o presidente Donald Trump, que há algumas semanas manteve uma conversa telefônica com Maduro, buscando negociar sua saída por meio de uma anistia que incluiria apenas ele e seu círculo mais próximo.