Javier Milei e Patricia Bullrich apresentaram o novo projeto de lei que será debatido no Congresso. Certamente será um dos principais temas da campanha.
Em 26 de outubro, será decidida a próxima constituição do Parlamento argentino, e uma questão significativa provavelmente se infiltrará nas etapas finais da campanha, já que será uma das discussões mais importantes do próximo Congresso. Esta tarde, o presidente Javier Milei, juntamente com sua ministra da Segurança, Patricia Bullrich, apresentou uma proposta de emenda ao Código Penal. As premissas sugerem o seguinte: “Quem comete um crime deve pagar” e “tolerância zero para o crime”.
“Como parte do nosso objetivo de tornar a Argentina grande novamente, a ordem é uma pré-condição. E é por isso que precisamos de tolerância zero, porque quem a pratica, paga por ela. E é isso que viemos fazer hoje”, enfatizou o chefe de Estado, destacou o chefe de Estado, acompanhado pela sua ministra e candidata a senadora pela Cidade Autônoma de Buenos Aires.


Durante a apresentação, Milei disse que é necessário haver “penas mais duras, que se apliquem a quem as merece”. Ela também enfatizou a necessidade de que os julgamentos sejam “conduzidos rapidamente” e que os criminosos cumpram suas penas onde merecem, referindo-se à “prisão”. “Isso é necessário para que os bons argentinos possam viver em liberdade novamente”, alertou.
Por sua vez, Bulrich enfatizou a importância de construir um país “que esteja ao lado dos bons argentinos e das vítimas”. “Se você comete um crime, você paga de verdade”, destacou a autoridade.
Entre as novas leis que o Congresso deve discutir está o aumento das penas para lesões causadas por direção imprudente. A pena pode aumentar de um a três anos para três ou seis. Atualmente, a pena para “lesões leves” é de um mês a um ano. Essa pena pode aumentar para três anos de prisão.
Em relação ao flagelo da pornografia infantil, a pena aumentaria para nove anos de prisão, mas com agravantes de no mínimo quatro anos. A posse para distribuição seria um crime com pena de 12 anos de prisão.
A privação ilegal de liberdade, que atualmente acarreta pena de prisão de apenas seis meses, seria reduzida para um mínimo de um ano, com possibilidade de pena de quatro anos. O tráfico aumentaria para dez anos, com formas agravadas que poderiam resultar em pena de quinze anos.
Ameaças, se forçarem o comportamento, também resultariam em pena aumentada para dez anos de prisão. Furto, cuja pena é de um mês a um ano, resultaria em pena de três anos.
Usurpações, que atualmente acarretam pena de seis meses a três anos, seriam agravadas, com pena de 12 anos de prisão. As penas para falso testemunho também seriam aumentadas, especialmente em denúncias relacionadas a crimes de gênero, mas também se aplicariam a funcionários públicos.
A discussão começará agora no âmbito da campanha e em breve no Congresso Nacional.