O Departamento do Tesouro informou em comunicado que Campo Flores e Flores de Freitas, conhecidos como os “sobrinhos narcotraficantes”, foram presos no Haiti em 2015 por tráfico de drogas e condenados nos Estados Unidos em 2016.

Washington, 11 de dezembro (EFE) – Os Estados Unidos impuseram nesta quinta-feira sanções financeiras a três sobrinhos do presidente venezuelano Nicolás Maduro, a quem acusam de terem ligações com o narcotráfico.

O Departamento do Tesouro adicionou Efraín Antonio Campo Flores, Francisco Flores de Freitas e Carlos Erik Malpica Flores à lista de sanções, todos eles parentes da esposa de Maduro, Cilia Flores.

Os três fazem parte de uma série de sanções impostas pelo governo de Donald Trump que também afetam o setor petrolífero venezuelano, incluindo um empresário e seis empresas de transporte marítimo, além do bloqueio de seis embarcações.

O Departamento do Tesouro observou em um comunicado que Campo Flores e Flores de Freitas, conhecidos como os “sobrinhos narcotraficantes”, foram presos no Haiti em 2015 por tráfico de drogas e condenados nos Estados Unidos em 2016.

O governo anterior de Joe Biden concedeu-lhes indulto em outubro de 2022 como parte de uma troca com o regime de Nicolás Maduro, e eles retornaram à Venezuela, de onde, segundo Washington, retomaram as atividades de narcotráfico em 2025.

Segundo o Departamento do Tesouro, Malpica Flores, o terceiro dos sobrinhos, era vice-presidente da estatal petrolífera PDVSA e foi alvo de sanções em 2017, mas em 2022 o governo Biden suspendeu as sanções para facilitar um acordo com Maduro para a realização de eleições democráticas.

Entre os outros indivíduos sancionados está também Ramón Carretero Napolitano, um empresário panamenho que, segundo Washington, “participou em contratos lucrativos com o regime de Maduro”.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, explicou que as sanções servem para desfazer “a tentativa fracassada do governo Biden de chegar a um acordo com Maduro que permitiu seu controle ditatorial”.

O Departamento de Estado afirmou em comunicado que os sancionados apoiam “o regime corrupto e ilegítimo de Maduro na Venezuela”.

Essas sanções representam um novo passo na estratégia de pressão de Trump sobre Maduro, após a apreensão de um petroleiro na costa da Venezuela na quarta-feira e a destruição de inúmeras embarcações no Caribe que, segundo Washington, faziam parte de uma operação de narcotráfico ligada ao governo venezuelano.