O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, reafirmou com a primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, o “apoio” de Washington “à proposta do governo sobre o gás Dragón e às medidas para garantir que ela não beneficie significativamente o regime de Maduro”.

Washington, 30 de setembro (EFE) – Os Estados Unidos e Trinidad e Tobago reafirmaram suas medidas conjuntas na terça-feira para garantir que o gás natural produzido no Caribe “não beneficie significativamente” o regime de Nicolás Maduro.

Essa questão foi discutida em uma reunião em Washington entre o Secretário de Estado Marco Rubio e a Primeira-Ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, onde eles consolidaram a aliança dos dois países em segurança regional e cooperação antidrogas.

Em abril passado, o governo Donald Trump revogou a licença que deveria permitir à Companhia Nacional de Gás de Trinidad (NGC) explorar o campo de Dragón em águas venezuelanas para exportar gás natural liquefeito, como parte de sua estratégia para pressionar o regime chavista.

Ao assumir o cargo em 1º de maio, Kamla Persad-Bissessar declarou que o projeto Dragon, que havia sido adiado por anos devido às sanções de Washington, estava “morto” e, em vez disso, optou por fortalecer as relações energéticas com Guiana, Granada e Suriname.

Durante a reunião de terça-feira, Rubio reconheceu a importância da segurança energética para a prosperidade econômica de Trinidad e Tobago, disse o Departamento de Estado dos EUA em um comunicado.

O Secretário de Estado “destacou o apoio dos Estados Unidos à proposta do governo sobre o gás Dragón e as medidas tomadas para garantir que ela não beneficie significativamente o regime de Maduro”.

Esse compromisso faz parte das sanções que Washington mantém sobre a indústria de petróleo e gás da Venezuela, que limitam suas exportações e o acesso do país à moeda estrangeira.

Com essas restrições, os Estados Unidos buscam impedir que projetos conjuntos ou transfronteiriços acabem gerando receita para o regime de Maduro.

A reaproximação do governo Trump com o líder de Trinidad e Tobago também ocorre em meio à crescente presença militar dos EUA no sul do Caribe, que Washington justifica como a luta contra o tráfico de drogas originário da Venezuela e que aumentou as tensões com Caracas.