“Maduro usa organizações terroristas estrangeiras como o TDA (Trem de Aragua), assim como o Cartel dos Sóis e o Cartel de Sinaloa para trazer drogas mortais e violência ao nosso país”, disse a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, anunciando o aumento da recompensa pela captura de Nicolás Maduro de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões.
A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, anunciou nesta quinta-feira uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à prisão do ditador venezuelano Nicolás Maduro, acusado de tráfico de drogas e terrorismo por Washington durante o primeiro mandato de Donald Trump, em 2020, e que permanece sob escrutínio internacional pela fraude cometida nas eleições de 28 de julho do ano passado. Imediatamente depois, o ex-fundador militar do exército mercenário privado Blackwater, Erik Prince, fez uma contraproposta polêmica: “Vivo ou morto”.
Em janeiro, justamente em resposta à posse ilegítima de Maduro, os Estados Unidos aumentaram a recompensa de US$ 15 milhões para US$ 25 milhões, um valor que agora dobrou e se tornou o mais alto já oferecido pela Casa Branca, comparável apenas à recompensa já oferecida a Osama Bin Laden, o ex-líder da Al-Qaeda, responsável pelos ataques de 11 de setembro de 2001, que foi finalmente morto em uma operação militar dos EUA em 2011 no Paquistão.
“Hoje, o Departamento de Justiça e o Departamento de Estado estão anunciando uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro”, disse a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, em um vídeo divulgado no X.
“Maduro utiliza organizações terroristas estrangeiras como o TDA (Trem de Aragua), bem como o Cartel dos Sóis e o Cartel de Sinaloa, para trazer drogas letais e violência para o nosso país”, acrescentou Bondi. Essa medida faz parte da política de segurança do governo Donald Trump, que há apenas duas semanas declarou o Cartel dos Sóis uma “organização terrorista transnacional”, de acordo com a Ordem Executiva 13224 publicada no site oficial do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro.
Today, @TheJusticeDept and @StateDept are announcing a $50 MILLION REWARD for information leading to the arrest of Nicolás Maduro. pic.twitter.com/D8LNqjS9yk
— Attorney General Pamela Bondi (@AGPamBondi) August 7, 2025
Contraproposta de Erik Prince
Uma das pessoas que comentou a publicação foi Erik Prince. “Vivo ou morto”, sugeriu. O ex-oficial militar, que promoveu a fracassada campanha de arrecadação de fundos conhecida como “Venezuela Quase Aqui” no ano passado, havia solicitado na época que os EUA aumentassem a recompensa pela captura de Maduro para US$ 100 milhões, oferecendo-se para realizar o “trabalho” com seu exército particular.
Após a posse ilegítima de Maduro em 10 de janeiro, a Casa Branca aumentou a recompensa por sua captura por tráfico de drogas de US$ 15 milhões para US$ 25 milhões, o mesmo valor oferecido na época para o número dois do chavismo, Diosdado Cabello, enquanto US$ 15 milhões estão sendo oferecidos para o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, todos acusados por Washington de fazerem parte do Cartel dos Sóis.
Ao aumentar a recompensa pela captura de Maduro de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões, os Estados Unidos estão colocando o ditador venezuelano no mesmo nível de Bin Laden, para quem a oferta inicial era de US$ 25 milhões, posteriormente aumentada para US$ 50 milhões — o maior valor já oferecido pelo governo americano pela captura de traficantes de drogas ou terroristas.