A jornalista Dasha Burns, da POLÍTICO, aproveitou a ocasião para questionar o envio de navios à região, ao que Trump responsabilizou diretamente Maduro por enviar aos Estados Unidos “milhões de pessoas, muitas delas presidiárias, traficantes de drogas e pacientes de hospitais psiquiátricos”.
O presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a abordar a questão da Venezuela durante uma entrevista com Dasha Burns, da POLITICO, em um episódio especial do programa The Conversation, na Casa Branca. Durante a transmissão, o chefe de Estado enfatizou que Nicolás Maduro “tem os dias contados”, justamente quando os Estados Unidos aumentaram a pressão militar no Caribe, no âmbito de sua luta contra o narcotráfico, por meio da operação Lanza del Sur.
Burns aproveitou a ocasião para questionar o envio de navios à região, ao que Trump responsabilizou diretamente Maduro por enviar aos Estados Unidos “milhões de pessoas, muitas delas presidiárias, traficantes de drogas e pacientes de centros psiquiátricos”, e apontou a gangue criminosa Tren de Aragua como uma das principais ameaças que, segundo ele, se expandiu dentro do território americano.


O presidente também culpou o ex-presidente Joe Biden por ter permitido a entrada dessas redes criminosas: “Tivemos um presidente muito estúpido. Biden é uma pessoa com baixo quociente intelectual… o que ele fez ao nosso país não é bom”.
Pressionado por Burns sobre até onde iria para tirar Maduro do poder, Trump afirmou que seu governo não revelará movimentos militares, mas reiterou que o ditador venezuelano não permanecerá no cargo por muito tempo:
—Quer acompanhá-lo até a porta?
—Seus dias estão contados.
A recusa em descartar uma invasão terrestre foi explícita. Quando Burns lhe pediu para confirmar se podia descartá-la, Trump respondeu: “Não falo sobre isso. Por que eu faria isso?”
Questionado sobre seu objetivo final na Venezuela, o presidente afirmou que busca garantir que os venezuelanos “sejam bem tratados”, tanto dentro quanto fora do país. Ele destacou o apoio eleitoral que afirma ter recebido dessa comunidade nos Estados Unidos, especialmente na Flórida: “94% votaram em mim. É incrível”, disse.
O presidente também mencionou o complexo Doral Country Club, rodeado pela área conhecida como “Pequena Venezuela”, como exemplo do sucesso econômico dos imigrantes venezuelanos, que ele descreveu como “pessoas incríveis, tratadas de forma horrível por Maduro”.