PHVOX – Análises geopolíticas e Formação
Artigos

CPI das BETs: A decadência moral, intelectual e POLÍTICA do Brasil escancarada via Virgínia Fonseca

“Se você chegou no fundo do poço, pare de cavar, é preciso subir.”

No último dia 13 de maio assistimos à constatação de que o fundo do poço tinha um alçapão. A CPI das Bets recebeu a “influencer” Virgínia Fonseca, que, carismática, demonstrou que o QI médio do brasileiro não é 83, com certeza bem mais baixo: ela literalmente chupou um microfone, não conseguia entender o que ouvia e precisava do advogado para traduzir as perguntas a ela… mas não, não era juridiquês o que ela ouvia, simplesmente português.

Porém, aqui abrimos o alçapão no fundo do poço: assistimos a políticos amedrontados e encurralados, tremendo literalmente de medo de fazer perguntas, penso eu que por conta do número de seguidores da Sr.ᵃ Virgínia. A senadora Soraya Thronicke, ao invés de perguntar, tentou converter a moça aos J.A. (Jogadores Anônimos), afirmou em tom de “moral elevada” que não joga nem baralho.

Já o senador Cleitinho promoveu a cena mais bizarra do dia, não contente em tentar a conversão, pediu para gravar vídeo em plena audiência para esposa e filha… neste momento pensei: os políticos que temos são sim reflexo da sociedade, afinal, é a mesma situação em que os policiais param sua viatura para tirar foto com rapper apologista do crime organizado Oruam.

O brasileiro, desesperado com o país, sendo um navio naufragando e, que tem em diversos políticos uma espécie de herói intocável, ontem deve ter sofrido com a realidade sendo esfregada na sua cara: a maioria desses elementos não tem a menor qualificação para resolver os problemas deste país… imagine esses dois senadores citados na frente de ministros do STF para inquiri-los em uma hipotética CPI da Toga?

Mas calma, vamos usar palavras motivacionais nas redes sociais, é preciso manter a base ativa e engajada, afinal, ano que vem tem eleição.

Pode lhe interessar

Fuga do tédio

Fábio Blanco
29 de setembro de 2023

Rússia decide “acabar” com todos os grupos mercenários

Paulo Henrique Araujo
13 de junho de 2023

O favo, o lírio e a bomba

Plinio Corrêa de Oliveira
14 de junho de 2023
Sair da versão mobile