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Colômbia: Pelo menos 463 menores foram recrutados por grupos armados em 2024

O Estado-Maior Central, o maior grupo “dissidente” das FARC, é o que mais recrutou menores, com 170 no total. Eles são seguidos por “dissidentes não especificados” com 165, o Clã do Golfo com 13 e o ELN com 10.

Bogotá, 5 mar (EFE) – Pelo menos 463 menores de idade foram recrutados no ano passado por grupos armados ilegais na Colômbia, uma cifra que “não corresponde ao número total de casos” ocorridos porque “a subnotificação é alta”, informou a Defensoria Pública na quarta-feira.

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O órgão disse que, do total de crianças e adolescentes recrutados em 2024 na Colômbia, 230 pertencem a comunidades indígenas e 30 são afro-colombianos, enquanto 136 não são reconhecidos como pertencentes a nenhum grupo étnico e 67 não têm informações.

A situação é particularmente grave no departamento de Cauca, onde foram registrados 325 dos 463 casos de recrutamento.

Vários “dissidentes” das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), a narco-guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN) e grupos de tráfico de drogas que lutam pelo controle territorial operam nessa região.

Também foram registrados números elevados nos departamentos de Putumayo (21), Valle del Cauca (20), Antioquia (15), Nariño (11) e Norte de Santander e Arauca, com 10 casos cada.

O Estado Mayor Central (EMC), a maior “dissidência” das FARC, é o grupo que recrutou o maior número de menores, com 170 no total.

Ele é seguido por “dissidências não especificadas”, com 165; o Clan del Golfo, a principal gangue criminosa do país, com 13, e o ELN, com 10.

O representante encarregado do Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos na Colômbia, Juan Carlos Monge, disse em entrevista à EFE no mês passado que o problema do recrutamento e uso de crianças e adolescentes por esses grupos armados é que esses menores estão “expostos a múltiplos tipos de violações, que não excluem a violência sexual, o uso para fins sexuais e outros tipos de violações”.

“E isso não é exclusivo de crianças e adolescentes; o Escritório também pôde verificar claramente em diferentes partes do país que há uma persistência da violência de gênero, incluindo a violência sexual, no âmbito do conflito armado”, explicou o representante da ONU.

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