No contexto do “Dia da Memória”, Javier Milei confirmou que os documentos confidenciais mantidos pelo SIDE serão “desclassificados”.
Parece que o slogan de “Memória, verdade e justiça” está finalmente vindo do governo que o kirchnerismo denuncia como “negacionista”. Em 24 de março, aniversário do último golpe militar na Argentina, o governo confirmou que desclassificará os arquivos mantidos pela secretaria de inteligência relativos à década de 1970. Ambos sobre as ações dos militares e dos grupos guerrilheiros.
Depois de monopolizar completamente o debate desde a meia-noite com um vídeo estrelado por Agustín Laje, no qual ele contextualizou com fatos históricos o que aconteceu no país há 49 anos, o anúncio oficial veio da conta X do Gabinete do Presidente Javier Milei, que compartilhou a declaração com uma frase forte: “Até o fim na busca pela verdade. Caso contrário, nunca haverá justiça”, disse o presidente argentino.
No comunicado oficial, o governo argentino chama a atenção para a necessidade de uma “comemoração do Dia da Memória, pela Verdade e pela Justiça” em busca de uma “memória completa, sem viés ideológico ou censura das diferentes vozes que analisam e narram o que aconteceu na década de 1970”.


Vale a pena lembrar que, embora pareça ter sido há muito tempo, o kirchnerismo (com a cumplicidade de algumas partes do macrismo) quis implementar uma legislação diferente que pune as manifestações que não se conformam com a narrativa dos anos 70 imposta pelo Estado desde 2003.
“O pleno reconhecimento de nosso passado e a liberdade de debatê-lo são condições essenciais para curar as feridas e construir um futuro em que a história seja história e não uma narrativa política partidária”, afirma o documento.
Portanto, o presidente Javier Milei declarou que ordenou a “desclassificação imediata dos arquivos mantidos pela Secretaria de Inteligência do Estado (SIDE), vinculados a atividades militares e de guerrilha entre 1976 e 1983”.
Certamente, nas próximas semanas, detalhes de uma história dolorosa virão à tona, mas eles contribuirão para o esclarecimento dos fatos, como eles aconteceram e não como são contados por um espaço político determinado por benefícios econômicos e caprichos ideológicos.
— Oficina del Presidente (@OPRArgentina) March 24, 2025