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Bolsonaro, centrão canhoto e as lições da eleição municipal

A eleição municipal, finalizado o primeiro turno, deixou muitas lições. Principalmente para o eleitor de direita apaixonado por discursos e pela figura política, não por ações e ideias na prática.

Porém, quem espero, humildemente falando, que tenha despertado, é Jair Bolsonaro, que nos últimos 3 anos virou as costas para o discurso e as ações que o transformaram em um fenômeno político colossal na história da República brasileira. Com a ajuda de faxineiros de gabinete nas redes sociais, seu entorno o colocou no caminho do centrão fisiológico, termo polido para esquerda de banho tomado. Abandonou aliados importantes pelo caminho em nome do pragmatismo político e o “jogo sendo jogado” do partidarismo, que o povo brasileiro está farto. Chegou ao cúmulo de bradar contra Ricardo Salles, dos mais fiéis de seus aliados em anos, mandou indireta para Nikolas Ferreira em nome da aliança com o partido que sabota a direita, o PSD de Gilberto Kassab.

Agora, Bolsonaro está sendo escarrado na cara por figuras como Silas Malafaia, Kassab e o próprio Ricardo Nunes que nos bastidores já desdenha de seu apoio no segundo turno. Além destes, todo mundo sabe, mas tem medo de dizer, o próprio Tarcísio de Freitas está mais preocupado em ser o novo líder da “direita permitida” se escorando na sombra de Bolsonaro, recriando o teatro das tesouras no melhor estilo PT x PSDB.

Pois é… o Senador Flávio Bolsonaro disse que 2026 já começou, então meu caro Jair, ainda é tempo de você corrigir o rumo, retornar para a sua base e abandonar a escória política que o povo lhe confiou para combater. Que as escarradas em sua face, lhe faça olhar para trás e perceber o povo que lhe apoiou em todo momento, cuspido por tudo e por todos ao longo dos anos. O senhor tem uma escolha, 2026 está logo aí, e seu aliados pragmáticos não são, nem de longe, o que o povo quer.

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