Me admiro com o belo
E em tudo que há beleza
Temo por meu túmulo
Minha futura morada
Futura fortaleza
Que não seja feio, meu Deus
Que não seja feiaNão temo a moribunda solidão
Desde que seja uma bela solidão
Me farão companhia os vermes
Representando a futura condição
Mas que seja um belo cadáver
E que seja belo o caixão
E em tudo que há beleza
Temo por meu túmulo
Minha futura morada
Futura fortaleza
Que não seja feio, meu Deus
Que não seja feiaNão temo a moribunda solidão
Desde que seja uma bela solidão
Me farão companhia os vermes
Representando a futura condição
Mas que seja um belo cadáver
E que seja belo o caixão
De todas as tragédias
Escolho a poesia
Pois me é uma bela tragédia
É sorrir de desgraças
É sofrer com alegria
Sofrer de forma heroica
Como um belo herói
Que seja belo o cortejo
Que sejam belas as flores
Que seja um belo buraco
Que belo seja o chorar
E que haja bela música
E por fim, que seja bela a vida
Daqui até lá.
Belo poema , bela pintura.Acompanha também o artista da pintura?
Obrigado. Os créditos da pintura: William-Adolphe Bouguereau. The Day of the Dead (1859)
Obrigado. Créditos da imagem: William-Adolphe Bouguereau. The Day of the Dead (1859)
Desde que conheci o Requiem de Mozart e o Stabat Mater Dolorosa de Pergolesi, sonho com esta trilha sonora em meu funeral. Vai ser lindo! E como sempre digo a minha esposa, “ai de quem não cair em prantos por mim”
Muito bom.
Casualmente sonhei com túmulo nesta noite, por isso vim aqui. Mas não irei no meu enterro…
Abraços.
Segunda e terça feira, estava meditando sobre a morte com o livro “Imitação de Cristo”…
Ótimo livro.
Parabéns pelo poema
Muito obrigado, Roberto.
Excelênte ….muito bem mesmo ….