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Aventura do conhecimento

Todas as formas de liberdade são discutíveis, exceto uma: a liberdade do pensar. O homem pode ser restringido em muitas coisas: em sua ação, em seu movimento e até em sua expressão, mas ninguém pode impedi-lo de pensar o que bem entende.

O pensamento é livre, por definição. Pensar é uma carreira sem margens, é um vôo pelo infinito. Para ser limitado, o pensamento precisaria ter a noção exata do que o limita, porém, se a tivesse, teria que ter também a noção do que transcende esses limites, e ter esta noção já é, de fato, transcendê-los.

Por isso, o pensamento não aceita manter-se circunscrito aos dados que já possui. Ignorante de suas fronteiras, ele sempre quer ir mais longe, seguir adiante. Assim, conhecer acaba sendo o seu impulso natural. Esse é o motivo de Aristóteles dizer que o homem tem um desejo natural pelo conhecimento. Deus o fez assim, com esse ímpeto por investigar, perscrutar, descobrir.

Está claro que o homem não foi feito apenas para gozar o mundo, já que o gozo pressupõe uma certa resignação, um deleite do que já existe. O homem foi feito para desvendar o mundo, meter-se nele, absorvê-lo gradualmente e compreendê-lo pouco a pouco.

Na verdade, Deus lançou o homem numa grande aventura e negá-la é renunciar a um aspecto fundamental do ser. Abandonar a busca pelo conhecimento, resignar-se a uma vida de mera fruição, não se empenhar por aprofundar-se no entendimento das coisas é simplesmente rejeitar uma missão divina e acomodar-se ao lado dos seres inferiores – é, de fato, viver como bicho.

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