Os 27 países que compõem a UE terão que aumentar os orçamentos de defesa de suas respectivas nações, contando também com mais tropas para poderem enfrentar as novas ameaças que preocupam o velho continente.
A Europa se encontra em um contexto político, social e econômico muito complexo, no qual perdeu muita força na última década, em alguns casos até mesmo se distanciando das posições mantidas pelos Estados Unidos e, é claro, pela Rússia, ambos com aspirações diferentes, mesmo que estejam se reunindo sozinhos para buscar uma paz temporária na Ucrânia, onde os ucranianos têm muito a dizer.
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A China, por outro lado, ganhou peso na União Europeia com uma diplomacia internacional que tem agido mais nas sombras e sem fazer muito barulho, embora agora esteja tentando colocar alguns freios ou tarifas sobre ela. Entretanto, diante das novas ameaças à UE, os 27 países que a compõem terão de assumir o custo do aumento do orçamento de defesa para aumentar o número de tropas e a corrida armamentista, o que inclui os números disponíveis para os exércitos europeus. Isso se deve ao fato de que a Europa enfrenta uma série de ameaças, desde impedir os planos expansionistas de Putin até o terrorismo, a imigração ilegal em massa, os grupos de crime organizado transnacional e a interferência internacional.
A Europa deve, portanto, estar preparada para a guerra e para a onda de insegurança que ameaça sua existência, já que a zona do euro, infelizmente, está atualmente em um ambiente sociopolítico e bélico que se assemelha mais ao da Segunda Guerra Mundial e, por essa mesma razão, o risco de dificuldades está logicamente aumentando na ausência de soluções reais para pôr fim a essa escalada problemática.
Em 2014, os países da Aliança Atlântica se comprometeram a destinar pelo menos 2% de seu PIB para gastos militares, mas a Espanha, por exemplo, não tem margem para cumprir essa premissa, algo que a partir de agora deveria ser uma obrigação para mudar, porque o presidente dos EUA, Donald Trump, já lembrou o governo de Pedro Sánchez disso. Mas não só a Espanha, a Itália, Portugal e outros países europeus também terão que reorientar significativamente seus orçamentos de defesa para adequá-los à realidade atual, permitindo assim que o velho país seja menos dependente do apoio de outras superpotências.
Não nos esqueçamos de que uma boa defesa é sinônimo de segurança e ordem, e o Ocidente está sendo deixado realmente desprotegido, portanto, a liderança será fundamental para abordar essas questões.