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A estupidez do não ouço, não vejo e não falo

Uma das afirmações mais pobres que circulam hoje é: “Pare de dar atenção a ele”, “pare de dar Ibope [1]” e “eles continuam a ter relevância por sua culpa”.

O fato de “você” não dar atenção a um indivíduo que atua como câmara de eco ideológica [2] do movimento revolucionário, não irá fazer com que outras pessoas o ignorem. A esquerda ocupou a maioria dos espaços desta forma: atuando onde o desdém e a arrogância imperavam e ninguém dava importância para o assunto.

O fato de “você” sentir-se superior ao interlocutor da besteira, não muda a realidade de que muitos o ouvirão e serão influenciados por ele. Desta forma, chegamos ao cúmulo de Felipe Neto ter influenciado MILHÕES de jovens rumo a uma doutrina socialista em uma eleição. Ao invés de debater o problema, os iluminados da meia verdade soltam a sentença imperativa “é só não dar ibope”, ora, mesmo que esta ordem seja seguida, o problema continuará a existir.

É preciso enfrentar o problema e desmontar as falácias. O mesmo problema aconteceu com os esportes: enquanto arrotam “pão e circo”, os clubes esportivos e redações de jornalismo foram tomados e independente da sua “superioridade magnânima”, milhões de brasileiros estão sendo doutrinados pelo marxismo da luta de classes e identitarismo.

Aqueles que continuam ignorando a realidade ao seu redor, por sentir-se iluminado demais para “dar Ibope”, serão os primeiros desesperados em meio ao caos perguntando no auge da arrogância: “tá, mas você sugere o que?”, “Você quer o que?”, “apontar o problema todo mundo faz, mas e qual a solução?”. Entender os problemas que nos cercam, combater as ações revolucionárias por mais “idiotas” que possam parecer, é o primeiro passo para tentar recobrar a ordem social e moral de um povo.

A prepotência e o desdém são adubo para brotar o caos revolucionário no seio de um povo.


Notas

[1] Expressão popular que significa não dar atenção ou audiência. O termo tem origem da sigla do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, que é capaz de designar de modo genérico o índice de audiência que, medido a partir das pesquisas de opinião pública, busca saber as preferências do público pelos programas de comunicação de rádio e tv: aquele programa está péssimo no IBOPE.

[2] É uma descrição metafórica de uma situação em que informações, ideias ou crenças são amplificadas ou reforçadas pela comunicação e repetição dentro de um sistema definido. Dentro de uma câmara de eco, as fontes dominantes muitas vezes são inquestionáveis e opiniões diferentes ou concorrentes são censuradas ou desautorizadas. A maioria dos ambientes de câmara de eco dependem de doutrinação e propaganda, a fim de disseminar informação, sutil ou não, de modo a atrapalhar os que estão presos na câmara e a evitar que tenham habilidades de pensamento cético necessárias para desacreditar a desinformação óbvia.

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