O presidente Donald Trump teria oferecido ao prefeito Eric Adams um cargo em sua administração, além de ter feito a mesma oferta ao candidato republicano Curtis Sliwa, para abrir caminho para Andrew Cuomo, que está em segundo lugar nas pesquisas.
A imagem de um prefeito de extrema-esquerda governando Nova York, a maior cidade dos Estados Unidos, é algo que republicanos e democratas moderados querem evitar. Primeiro, Zohran Mamdani, o candidato socialista à prefeitura, tem uma vantagem de quase 20 pontos sobre Andrew Cuomo, que concorre como independente após perder as primárias democratas, segundo pesquisas recentes. Segundo, Mamdani está apresentando propostas como controle de aluguéis, transporte público gratuito e aumento de impostos. Essas são políticas típicas da esquerda que provaram seu inevitável fracasso em outros contextos e sociedades.
Assim, diante da possível eleição de Zohran Mamdani como prefeito da cidade de Nova York em 4 de novembro, o presidente Donald Trump teria oferecido a Eric Adams, atual prefeito e candidato independente à reeleição, um cargo no governo republicano para abrir caminho para o ex-governador Andrew Cuomo. O objetivo: evitar divisões entre os eleitores. O candidato republicano Curtis Sliwa teria recebido a mesma oferta.
Ou seja, a Casa Branca tem como prioridade evitar que o extremista Mamdani saia vencedor nessas eleições, o que motivou uma aliança com os democratas moderados, algo antes impensável. Adams, embora tenha inclinação democrata e tenha militado nesse partido, aplaudiu em julho as medidas de Trump para garantir a segurança da fronteira, que aliviaram a crise migratória em Nova York. Em janeiro e maio, ele também se reuniu com o presidente em Mar-a-Lago e na Casa Branca, reuniões que ele classificou como “produtivas”. Portanto, não é descabida a proposta de unir forças contra Mamdani antes de 4 de novembro.
É assim que as pesquisas estão indo
Após a suposta oferta se tornar pública, o porta-voz de Eric Adams negou a informação, inicialmente divulgada pelo The New York Times e pelo New York Post. Sliwa, por sua vez, admitiu tê-la recebido, mas descartou a possibilidade de desistir: “Só estou interessado em um cargo, que é ser eleito prefeito de Nova York. Não vou me aposentar, ponto final”, disse ele ao site The City.
O passar dos dias definirá se se tratava ou não de uma oferta formal. No entanto, é claro que nem os democratas moderados nem os republicanos querem ver um prefeito de esquerda governando Nova York. Pesquisadoras como a American Pulse Research & Polling dão 37% de preferência a Mamdani contra 25% a Cuomo. Outra empresa, a Gotham Polling & Analytics, registra 42% contra 23%, respectivamente.
A verdade é que a contagem regressiva começou, e cada lado político aposta na sua própria vitória. A esquerda radical nos Estados Unidos está especialmente interessada em vencer, pois a chegada de Mamdani à prefeitura de Nova York abriria caminho para seus aliados com aspirações políticas nacionais. Por exemplo, Alexandria Ocasio-Cortez poderia aproveitar esse momento para lançar suas aspirações presidenciais em 2028.
Além disso, Bernie Sanders, outro socialista, se juntará a ele em um de seus eventos de campanha. “Em um momento de vasta e crescente desigualdade de renda e riqueza, estamos construindo um forte movimento popular para enfrentar a classe bilionária e a ganância corporativa”, disse o senador da ala esquerdista do Partido Democrata, reafirmando seu apoio a Mamdani, com quem compartilha sua retórica desastrosa sobre a luta de classes.