A mais alta corte da Argentina confirmou duas decisões anteriores do Tribunal Oral Federal e da Câmara de Cassação. Cristina Fernández de Kichner não pode se candidatar novamente e poderá pegar seis anos de prisão.
Por fim, a Suprema Corte de Justiça confirmou o fim da carreira política de Cristina Fernández de Kirchner. No caso “Vialidad”, que alega má gestão e corrupção de verbas públicas e projetos de infraestrutura durante sua gestão, a mais alta corte decidiu:
“Rejeitar o recurso extraordinário federal interposto pela defesa de Cristina Elizabet Fernández de Kirchner. Confirmar a sentença proferida pelo Tribunal Oral Federal Penal nº 2, na medida em que condena a mencionada a seis (6) anos de prisão e inabilitação perpétua para o exercício de cargos públicos, como coautora penalmente responsável do delito de administração fraudulenta agravada em prejuízo da administração pública (artigos 174, parágrafo 5º, e 45 do Código Penal)”.
Em conformidade com a decisão proferida pelo TOF2, a ex-presidente ficará impedida de concorrer a cargos públicos ou de exercer qualquer cargo público vitaliciamente, além de cumprir seis anos de prisão. Considerando que a funcionária pública condenada por corrupção tem mais de 70 anos, ela poderá requerer prisão domiciliar, mas vale esclarecer que isso não é automático. O tribunal deverá receber o pedido formal, que provavelmente já foi redigido por seus advogados, e decidirá, dentro de suas prerrogativas, se concederá o benefício em questão.
Em protesto, apoiadores da ex-presidente bloquearam o acesso à Cidade Autônoma de Buenos Aires, criando um caos no trânsito que deixou milhares de motoristas praticamente parados, sem conseguir transitar pela via. O governo está atualmente analisando possibilidades de liberar o trânsito com o uso de forças federais.
Na sentença, assinada pelos três juízes da Corte, os magistrados consideram que “as circunstâncias, já avaliadas por duas instâncias judiciais, levaram à conclusão de que essa decisão presidencial relegou a vantagem econômica para a administração pública à vantagem econômica para os interesses privados que, em última instância, foram beneficiados”.
O presidente Javier Milei, em visita oficial a Israel, recorreu às redes sociais para abordar o suposto “pacto” ao qual a mídia se referia entre o governo e a ex-presidente. “A República está funcionando, e todos os jornalistas corruptos, cúmplices de políticos mentirosos, foram desmascarados em suas operetas sobre o suposto pacto de impunidade”, alertou o presidente.
Justicia.
— Javier Milei (@JMilei) June 10, 2025
Fin.
PD: la República funciona y todos los periodi$ta$ corrupto$, cómplices de político$ mentiro$o$, han quedado expuesto en sus opereta$ sobre el supuesto pacto de impunidad.
Neste momento, a Suprema Corte está informando o Tribunal Oral, a condenada e seus advogados, portanto a prisão é iminente. Espera-se que Kirchner faça um discurso na sede do Partido Justicialista antes de sua prisão.