“Se pudermos salvar vidas, se pudermos fazer as coisas da maneira correta, ótimo. E se tivermos que usar a força, tudo bem também”, disse o presidente dos EUA a repórteres a bordo do Air Force One.

O presidente dos EUA, Donald Trump, insistiu na terça-feira que “poderia conversar” com Nicolás Maduro para “salvar vidas” na Venezuela, acrescentando que as coisas podem ser feitas “do jeito certo”, mas também “usando a força”.

Trump defendeu sua decisão de potencialmente se comunicar com Maduro quando um repórter a bordo do Air Force One perguntou por que ele se engajaria em um diálogo com o ditador venezuelano, visto que este havia sido oficialmente designado por seu governo como líder de uma organização terrorista estrangeira, em alusão ao Cartel dos Sóis. “Talvez eu fale com ele, veremos”, respondeu o presidente americano.

Trump justificou imediatamente sua resposta: “Se pudermos salvar vidas, se pudermos fazer as coisas da maneira correta, tudo bem. E se tivermos que usar a força, tudo bem também”, acrescentou, antes de reiterar que Maduro é responsável por enviar milhões de pessoas para os Estados Unidos e concluir dizendo que não está feliz com a situação, como já havia indicado em declarações anteriores.

E quando outro repórter lhe perguntou qual era o objetivo na Venezuela, Trump respondeu: “Não vou lhe dizer qual é o objetivo. Você provavelmente deveria saber qual é o objetivo.”

As declarações de Trump surgem em meio a um cancelamento massivo de voos e operações de companhias aéreas internacionais na Venezuela devido ao destacamento militar dos EUA no sul do Caribe, como parte da maior operação do Pentágono desde a invasão do Panamá em 1989 para, neste caso, combater o narcotráfico na região, com foco principal no regime de Nicolás Maduro.

Esta semana, diversas plataformas de rastreamento de voos identificaram várias aeronaves militares dos EUA perto da costa venezuelana, sobre o Mar do Caribe, entre a Venezuela e Curaçao. Entre as aeronaves identificadas estavam um bombardeiro B-52, caças F/A-18 e uma aeronave de alerta aéreo antecipado.

Nas últimas semanas, Trump manteve reuniões constantes com oficiais do Pentágono para avaliar possíveis cursos de ação em relação à Venezuela, após ter lançado uma campanha militar em águas internacionais que matou mais de 80 pessoas e destruiu mais de vinte barcos ligados ao narcotráfico.

Com informações da EFE