Em setembro de 1960, Malcolm X e Fidel Castro se encontraram no Harlem, Nova York. Desde então, Cuba tem usado a Assembleia Geral da ONU para vender sua ditadura idílica ao mundo. Este ano, porém, não foi o caso.
Pela primeira vez em décadas, os ditadores de Cuba, Nicarágua e Venezuela não compareceram à Assembleia Geral da ONU. Daniel Ortega e Nicolás Maduro não pisam nos Estados Unidos há algum tempo, mas Miguel Díaz-Canel sempre compareceu à reunião diplomática, e com bastante antecedência.
O efeito: Donald Trump causou cautela e medo entre os ditadores do hemisfério. No ano passado, Diaz-Canel passeou alegremente pelas ruas de Nova York, encontrando-se com encrenqueiros ressentidos, radicais e profissionais. Americanos que odeiam a América.


México volta a defender a tirania cubana
O Ministro das Relações Exteriores, Juan Ramón de la Fuente, voltou à luta, defendendo descaradamente a ditadura cubana e pedindo o fim do suposto bloqueio. Cego, surdo e mudo, o México não exigiu a libertação de 1.200 presos políticos do regime comunista.
Gustavo Petro se despede da ONU com raiva, insultos e abusos.
O colombiano atacou verbalmente os Estados Unidos dentro e fora da sede da ONU. Não foi um ato diplomático digno de um chefe de Estado, porque Petro não é diplomata e nunca se comportou como tal.
Petro é incendiário e imprudente. “Gustavo Petro se posicionou em uma rua de Nova York e incitou os soldados americanos a desobedecerem ordens e incitarem a violência. Revogaremos o visto de Petro por suas ações imprudentes e incendiárias”, declarou o Departamento de Estado.
O gesto de Trump para Lula
Por 20 segundos, o gelo foi quebrado; eles se abraçaram fortemente e trocaram elogios e piadas. “Eu gosto dele e só faço negócios com quem eu gosto”, disse o presidente Trump na ONU, enquanto Lula tentava conter o sorriso.
Há 91 bilhões de dólares em razões para o relacionamento entre Brasil e Estados Unidos. Ambos precisam um do outro e, além das profundas diferenças ideológicas que os separam, o pragmatismo comercial parece ter vencido uma batalha importante.
Gabriel Boric se despede da ONU
O presidente chileno se despediu da ONU sem criticar as ditaduras de Cuba, Nicarágua e Venezuela. Preferiu falar de guerras a milhares de quilômetros de distância em vez das violações de direitos humanos que explodem diante dele.
Javier Milei foi o grande vencedor do dia
O presidente argentino trouxe aos Estados Unidos uma agenda nacional, não pessoal. Milei garantiu uma linha de crédito de US$ 20 bilhões e recebeu total apoio do FMI, do BID e do Departamento do Tesouro.
A ONU poderia ter feito mais
“Na Venezuela, Nicarágua e Haiti, vemos as consequências do atraso”, disse a delegação costarriquenha. “Poderíamos ter agido a tempo, poderíamos ter evitado a repetida violação dos direitos humanos… e não o fizemos”, afirmou o Ministro das Relações Exteriores, Arnoldo André.
O discurso da Costa Rica na ONU é uma obra-prima das relações internacionais. Merece ser visto repetidamente. Aborda as verdades mais urgentes do nosso tempo, sem confronto ou estridência. Em outras palavras, diplomacia de alto nível.
A Assembleia Geral das Nações Unidas deixa claro que a organização perdeu orçamento, preponderância e poder. Apesar disso, continua sendo o fórum diplomático mais importante do mundo. Reavaliar, renovar e fortalecer a ONU é urgente. Não podemos deixá-la morrer, mesmo aos 80 anos.