O incidente, que ocorreu no Rio Cuyuni, na disputada região de Essequibo, ocorreu um dia antes das eleições gerais na Guiana.
Georgetown, 31 de agosto (EFE) – Uma viatura que transportava material eleitoral pelo Rio Cuyuni, na fronteira com a Venezuela, segundo o mapa defendido pela Guiana, foi alvo de tiros neste domingo, disparados “do lado venezuelano”.
O incidente, que ocorreu na disputada região de Essequibo, ocorreu um dia antes das eleições gerais da Guiana, nas quais o presidente Irfaan Ali busca um segundo mandato.
De acordo com uma declaração da Força Policial da Guiana, a viatura policial atingida era composta por membros da Força de Defesa da Guiana e da Polícia.


As forças de segurança escoltaram nove funcionários eleitorais que distribuíam cédulas em seções eleitorais em áreas remotas da região administrada pela Guiana, mas reivindicada pela Venezuela sob o Acordo de Genebra de 1966, reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A patrulha respondeu imediatamente e conseguiu resgatar a equipe eleitoral, sem ferimentos ou danos às cédulas ou urnas.
A equipe continuou sua jornada em segurança, e todos os materiais eleitorais foram entregues nas seções eleitorais em Cumang, Kurutuku e Dukquarie.
O texto enfatizou que as autoridades policiais permanecem em alerta para garantir a segurança durante o processo eleitoral.
🔴 | El Gobierno de Guyana denuncia que una patrulla que transportaba material electoral para los comicios generales de este lunes fue “atacada a tiros desde el lado venezolano”. pic.twitter.com/R0aiQuEmoB
— PanAm Post Español (@PanAmPost_es) September 1, 2025
A Guiana defende a validade da Sentença Arbitral de Paris de 1899, que concedeu soberania sobre o território à então Guiana Britânica, e que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) tem jurisdição para resolver essa disputa, mas a Venezuela a rejeita por ser falha e invoca o Acordo de Genebra de 1966, reconhecido pela ONU.
Atualmente, a região de Essequibo, rica em petróleo e recursos naturais, é administrada por Georgetown e reivindicada por Caracas.
Desde que a Venezuela realizou um referendo para anexar o Essequibo em dezembro de 2023, a crise piorou, aumentando os temores de novos conflitos.