María Corina Machado, que atualmente está escondida, prometeu a liberdade da Venezuela como um “golpe histórico” contra o “crime organizado, o narcotráfico e o terrorismo” no continente.

Caracas, 27 de julho (EFE).- A líder venezuelana María Corina Machado afirmou que 90% do país “disse não” a Nicolás Maduro neste domingo, quando se realizam as eleições para prefeitos e vereadores. Essas eleições foram rejeitadas pela ex-deputada e pela maior coalizão de oposição, que denunciou a falta de garantias eleitorais.

No X, Machado também indicou que 70% da Venezuela “votou em Edmundo González” em 28 de julho de 2024, quando foram realizadas as eleições presidenciais, nas quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado por autoridades próximas ao chavismo, proclamou Maduro vencedor, sem depois publicar os resultados detalhados, conforme estabelecido pelo calendário oficial.

“O que aconteceu entre 28 de julho de 2024 e hoje? Naquele dia, setenta por cento (70%) do país votou em EDMUNDO GONZÁLEZ, e hoje, noventa por cento (90%) disseram não a Maduro. Entre outras coisas que também estão acontecendo…”, expressou a líder venezuelana.

Também no domingo, Machado, que atualmente está escondida, prometeu a liberdade da Venezuela como um “golpe histórico” contra o “crime organizado, o narcotráfico e o terrorismo” no continente.

Nesse sentido, ela acrescentou que o país caribenho será o “maior aliado para a estabilidade regional, a democracia e a prosperidade nas Américas”.

Machado estava respondendo a uma publicação do Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que afirmou que Maduro “não é o presidente da Venezuela e seu regime não é o governo legítimo”.

O chavismo celebra neste domingo eleições para escolher 2.806 cargos — 335 prefeitos e 2.471 vereadores —, um processo no qual não participa como coalizão a opositora Plataforma Unitária Democrática (PUD), mas sim um setor minoritário liderado por prefeitos que buscam conservar seus cargos.