“A Fundação Santa Fé de Bogotá, com a permissão da família, informa que o paciente Miguel Uribe Turbay continua em estado crítico e teve pouca resposta às intervenções e tratamentos médicos”, disse o centro médico em um comunicado.

Bogotá, 9 de junho (EFE).- O senador e candidato presidencial colombiano Miguel Uribe Turbay permanece em “estado crítico” e teve pouca resposta após as cirurgias às quais foi submetido no sábado para tratar os ferimentos sofridos naquele dia em um ataque, informaram médicos hoje.

“A Fundação Santa Fé de Bogotá, com a permissão da família, informa que o paciente Miguel Uribe Turbay continua em estado crítico e teve pouca resposta às intervenções e tratamentos médicos”, disse o centro médico em um comunicado.

Uribe Turbay, um senador de 39 anos do partido Centro Democrático , foi baleado duas vezes no sábado por um adolescente, que foi preso posteriormente, enquanto discursava em um evento de campanha no bairro de Modelia, em Bogotá.

No mesmo dia, ele passou por duas cirurgias, na cabeça e na perna, na Fundação Santa Fé, um dos centros médicos mais prestigiados da Colômbia, onde o político está entre a vida e a morte.

“Seu estado é extremamente grave. Portanto, o prognóstico permanece reservado”, acrescentou o boletim médico divulgado na segunda-feira pelo Dr. Adolfo Llinás Volpe, diretor médico do Hospital Santa Fé.

Esperando por um milagre

Também na segunda-feira, a esposa de Uribe Turbay, María Claudia Tarazona, expressou sua angústia em uma publicação nas redes sociais, afirmando que “um milagre” é necessário.

“Peço do fundo do meu coração que continuem rezando. Miguel precisa de um milagre”, escreveu Tarazona, acompanhando a mensagem com uma foto sua segurando a mão do marido.

A tentativa de assassinato de Uribe Turbay causou consternação no país, onde vários setores expressaram temor de que o processo eleitoral de 2026 seja um retorno aos anos mais sombrios da violência política, como a campanha eleitoral presidencial de 1990, na qual três candidatos foram assassinados.

Nessa campanha, Luis Carlos Galán Sarmiento (agosto de 1989), Bernardo Jaramillo Ossa e Carlos Pizarro Leongómez foram baleados, em março e abril de 1990, respectivamente.

O ministro da Defesa colombiano, Pedro Sánchez Suárez, disse ontem à noite, após um conselho de segurança com a presença do presidente Gustavo Petro, que as autoridades estão trabalhando em três hipóteses sobre os motivos do ataque.

“Poderíamos agrupá-los em três grupos principais: se foi diretamente porque era Miguel Uribe Turbay, ou se foi porque ele era um político e tudo relacionado ao seu partido político, ou se foi uma tentativa de desestabilizar o governo nacional por meio de ataques a membros que discordam deste governo”, afirmou o ministro.