Em março, o tráfico de fentanil na fronteira caiu 54% em relação ao ano anterior, de acordo com dados oficiais.

As prisões diárias de migrantes que cruzam a fronteira entre os EUA e o México caíram 93% desde que o presidente Donald Trump assumiu o cargo em janeiro, com uma baixa recorde em março, informou o Departamento de Segurança Interna (DHS) na terça-feira.

O terceiro mês do ano registrou “o menor número de prisões na fronteira da história dos EUA, pouco menos de 7.200; isso significa que houve dias com menos de 200, o que, novamente, é o menor nível já registrado”, disse a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, ao Congresso.

A redução nas travessias ilegais na fronteira sul dos EUA coincide com o endurecimento da política de imigração do país após a posse de Trump em janeiro, que prometeu uma campanha histórica de deportação em massa de imigrantes sem documentos.

Durante sua aparição, Noem destacou que em 25 de fevereiro de 2025, a Patrulha da Fronteira encontrou um recorde de algumas centenas de migrantes na fronteira sudoeste com o México.

Nos primeiros três meses do ano, o DHS também registrou uma queda de 94% nas prisões de menores migrantes desacompanhados.

Em março, o tráfico de fentanil na fronteira caiu 54% em comparação ao ano anterior, segundo dados oficiais. No mesmo mês, a Guarda Costeira apreendeu 105.000 quilos de fentanil e outras drogas ilícitas.

Em fevereiro passado, a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) registrou 8.347 encontros com migrantes irregulares na fronteira sudoeste, uma queda de 94% em relação ao ano anterior e uma redução de 71% em relação ao mês anterior.

As autoridades de imigração dos EUA já haviam relatado uma redução de 85% nas travessias de fronteira com o México durante os primeiros 11 dias do segundo governo de Trump, em comparação com o mesmo período em 2024.

Trump chegou ao poder prometendo realizar deportações em massa de migrantes, a quem ele frequentemente chama de “criminosos”, sem distinguir entre aqueles com antecedentes criminais e aqueles sem. Nesta segunda-feira, o DHS anunciou que pagará US$ 1.000 a imigrantes indocumentados que optarem por se autodeportar voluntariamente, além de oferecer assistência na compra de passagens de volta para seus países.

Estima-se que mais de 11 milhões de pessoas vivam nos Estados Unidos sem status legal, muitas das quais estão no país há décadas e representam uma parcela significativa da força de trabalho.

Entre outras ações, Donald Trump militarizou a fronteira, ordenou incursões em vários pontos do país e revogou benefícios de imigração para diversas nacionalidades.

Com informações da EFE